Um suboficial da Marinha foi condenado por assediar sexualmente uma primeiro-sargento, em um navio da Força Naval. O caso ocorreu em 2022 e a condenação foi divulgada nesta sexta-feira (26) pelo Supremo Tribunal Militar.
Leia mais:
Guaíba pode receber volume de água equivalente ao de Itaipu em maio
PRF alerta para que população evite viagens desnecessárias ao Rio Grande do Sul
Homem acolhido em abrigo em Porto Alegre procura irmã que mora em Londrina
Cavalo Caramelo tem quadro estável após resgate e recebe tratamento para desidratação
Suboficial foi condenado a um ano de prisão. Ministros do Supremo Tribunal Militar decidiram em unanimidade e mudaram o entendimento da Justiça Militar da União. Em primeira instância, o órgão havia sido contrário à condenação.
"Hora de pagar. Eu consegui a sua vinda para o navio.", disse suboficial à sargento. A vítima havia sido designada para participar de um curso de meteorologia aeronáutica e receberia aulas em alto-mar. Ela estava com outra colega na sala de meteorologia do navio quando foi assediada sexualmente pelo suboficial, que deitou no chão e pediu que ela se deitasse sobre ele. "Sou um beliche", falou.
Sargento negou convite e disse que "nunca se prostituiria". O episódio foi interrompido pela chegada de um inspetor de segurança, que não percebeu nada de anormal. A militar mulher conseguiu sair da sala em seguida, e denunciou o caso ao comando do navio, que abriu uma investigação.
Atitude "gerou enorme revolta" na vítima. A militar afirmou à Justiça Militar que "estava cansada" e que depositava confiança no condenado. Atualmente, ela faz tratamento psiquiátrico em uma unidade de saúde da Marinha, e contou que o caso lhe trouxe diversos problemas, inclusive a exposição na unidade militar.
Réu disse que foi "brincadeira". O suboficial também negou ter convidado a primeiro-sargento para deitar-se em cima dele.