A ByteDance, empresa chinesa dona do TikTok, prefere encerrar as operações nos Estados Unidos caso não consiga derrubar veto imposto pelo Congresso dos EUA, segundo a Reuters.
Leia mais:
Homem é preso após tentar matar pastor em culto ao vivo nos EUA
2023 foi ano de calor e riscos climáticos recorde na América Latina, diz ONU
Pulitzer premia livros sobre Palestina, feminicídio e biografia de King
Abril de 2024 foi o mais quente da história, diz observatório Copernicus
TikTok é "parte pequena" de receita da ByteDance e causa prejuízo nos EUA. A empresa possui outros aplicativos e sites com maior fluxo de usuários, como o CapCut, Douyin, Jinri Toutiao e Xigua, populares principalmente na China.
Venda alteraria algoritmo e complicaria negócios. Fontes que trabalham na Bytedance afirmaram à Reuters, porém, que a venda da operação americana implicaria em uma mudança do algoritmo usado em todos os aplicativos da empresa, o que não faz sentido para a Bytedance.
ByteDance pretende "exaurir" sistema judiciário dos EUA. Shou Zi Chew, diretor-executivo do TikTok, anunciou no próprio aplicativo que "vai continuar lutando" nos tribunais pela manutenção do aplicativo nos Estados Unidos.
"É um momento decepcionante, mas não será necessariamente determinante. É irônico porque a liberdade de expressão no TikTok reflete os mesmos valores americanos que tornam os Estados Unidos um farol de liberdade. Não se enganem: isto é uma proibição. Uma proibição do TikTok e uma proibição para vocês e para sua voz. Continuaremos lutando por seus direitos nos tribunais. Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos vencer", afirmou Shou Zi Chew.
SENADO APROVOU LEI QUE PODE PROIBIR TIKTOK NOS EUA
Congressistas americanos decidiram que ByteDance deve vender TikTok. Votação foi motivada por preocupação generalizada entre senadores de que a China estaria acessando dados de norte-americanos e os vigiando. Nada foi provado.
Biden sancionou projeto, e reforçou que TikTok deve ser vendido em até 12 meses. A plataforma de mídia social é particularmente popular entre os jovens norte-americanos com tendência de esquerda, um grupo crucial para Biden nas eleições de novembro contra o ex-presidente Donald Trump.