Representantes de Instituições de Ensino Superior Públicas assinaram, nesta sexta-feira (3), um termo de adesão ao Programa de Extensão para Sustentabilidade Territorial no Paraná e Mato Grosso do Sul, que prevê investimentos da ordem de R$ 24 milhões beneficiando 434 municípios com o financiamento de 200 projetos de extensão universitária. O edital deverá atender cerca de mil bolsistas, uma iniciativa da Itaipu Binacional e PTI (Parque Tecnológico de Itaipu). As inscrições serão abertas na próxima segunda-feira (6).
Leia mais:
UENP cria Curso de Tecnologia em Fruticultura
Veja os melhores e os piores municípios brasileiros em alfabetização, segundo o Censo 2022
Apesar da redução na taxa de analfabetismo, Paraná tem o pior índice no Sul do País
Taxa de alfabetização cresce mais no Nordeste, mas ainda é a menor do Brasil
O lançamento ocorreu durante cerimônia, na manhã desta sexta, no Anfiteatro do Cesa (Centro de Estudos Sociais Aplicados) da UEL, com a participação de diretores da Itaipu e do PTI, do Secretário de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Aldo Bona, dos reitores das sete universidades estaduais paranaenses, além de representantes de instituições de ensino, deputados federais e estaduais e demais autoridades.
De acordo com o edital, o programa é direcionado a estudantes e professores que desenvolvam projetos acadêmicos com foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela ONU na Agenda 2030. O documento elenca os eixos Educação Ambiental; Gestão em Bacias; Agricultura Familiar, Extensão Rural e Agroecologia. Também compõem a lista as áreas de energias alternativas, plantas medicinais e fitoterápicos, piscicultura e pescadores, comunidades indígenas, gestão de resíduos sólidos e catadores, extensão universitária para ODS e saneamento rural e urbano.
De acordo com o cronograma, as propostas devem ser submetidas até 2 de junho. A análise dos projetos inscritos será realizada no período de 3 de junho a 12 de julho, com a divulgação do resultado final prevista no dia 22 de julho. As atividades estão previstas para terem início a partir de 9 de setembro.
Repercussão
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, ressaltou que o programa se soma a uma série de ações da hidrelétrica e do PTI relacionadas a investimentos em políticas de inclusão, como o Programa Mais Energia, que no ano passado repassou mais de R$ 2 bilhões a municípios contemplados por meio de apoio a projetos sociais, ambientais e de infraestrutura. O crédito foi feito pela Caixa Econômica Federal, parceira de Itaipu, contemplando mais de 430 municípios e 11 milhões de pessoas.
Segundo Verri, o Programa de Extensão para Sustentabilidade Territorial representa a participação da academia no desenvolvimento de projetos deste gênero que deverão impactar os municípios da área de abrangência de Itaipu. Ele definiu a iniciativa como uma parceria construída entre a hidrelétrica, o PTI e as universidades para o desenvolvimento de política públicas em consonância com o Governo Federal.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Bona, elogiou a iniciativa da Itaipu e do PTI em olhar para os municípios e propor um conjunto de ações para superação de problemas por meio de projetos desenvolvidos pelas Universidades. Para o secretário, o Programa de Extensão acertou ao eleger as Instituições de ensino para desenvolver políticas de inclusão e de desenvolvimento. “É uma ação que vai gerar emprego e renda, com as Universidades potencializando esse trabalho”, afirmou. O secretário afirmou, ainda, que o programa complementa um edital lançado recentemente pelo Governo do Paraná, por meio da Seti, que prevê investimento de R$ 11 milhões em ações extensionistas feitas por professores e estudantes das sete IEES.
A reitora, Marta Favaro, explicou que o Programa lançado nesta sexta-feira partiu de uma provocação das administrações das universidades paranaenses à diretoria da Itaipu, considerando todo o potencial das instituições. Ela definiu o trabalho como a formação de uma rede que pretende fortalecer as universidades e suas relações institucionais para prestar serviços à sociedade. “A mudança é possível pelo coletivo, juntando as mãos e o conhecimento que transforma. Essa é a meta deste grande programa”, ressaltou.