Toda organização mafiosa são formados por delinqüentes inescrupulosos que por falta de objetivos e sonhos descentes resolvem explorar seu semelhante. Assim funciona no mundo inteiro, onde esses vagabundos fornecem drogas, cobram pedágios de comerciantes, alimentam a prostituição usando garotas iludidas e também se oferecem para fazerem serviços sujos.
A Yakuza, como é conhecida a máfia japonesa, não é diferente e está repleta de gente à toa. A diferença é que sua organização é tão bem feita que chegou a ser estudada por alguns sociologistas e economistas. Seus líderes são estudados e a gang está infiltrada em várias empresas e até em órgãos do governo, mas onde eles mais atuam é no ramo bancário. Lógico que esses mafiosos mais graduados não ficam nas ruas distribuindo panfletos para atrair mocinhas desavisadas ou explorando pequenos comerciantes. Eles vestem gravata e paletó de grifes, andam em carrões e agem como funcionários normais. Os que os diferem com os outros funcionários são seus objetivos, normalmente voltados para conseguirem influência e satisfazer a organização.
Na semana passada o presidente do Banco Mizuho, Yasuhiro Sato, anunciou que cortará metade do seu salário atual depois de se inteirar de que o banco que preside fez financiamentos para grupos do crime organizado. Não foi na sua gestão, mas ele sabia das transações, pois era um dos diretores na época dos empréstimos.
Tudo veio à tona depois que o Regulador Financeiro Japonês fez uma advertência sobre duzentos e trinta transações financeiras com grupos ilegais, chamando esses financiamentos de empréstimos "anti-sociais".
Os delinqüentes pegaram aproximadamente 200 milhões de ienes para comprarem automóveis (normalmente eles andam de Mercedez Benz). Sabe-se que o resultado final será conhecido no final desse mês, mas já falam que mais de trinta executivos do Banco Mizuho serão punidos.

Tatuagens da máfia japonesa