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Escolas fecham por falta de crianças

11 jan 2015 às 09:21
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O ano nem começou direito e já pipocam notícias sobre a diminuição da população japonesa. Já escrevi sobre esse assunto uma dezena de vezes, mas confesso que não consigo deixar de me preocupar com a situação.
Para onde olhamos vemos os idosos, na maioria das vezes saudáveis e prontos para a vida. Nada de ruim nisso, pois ver uma geração de vovôs e vovós dispostos, sorridentes e carregando no semblante as marcas das experiências é realmente bacana. Essas marcas se materializam em tranqüilidade e sabedoria, para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de chegar lá.
Mas a preocupação prevalece porque foram divulgados que houve uma diminuição de 268 mil pessoas no ano passado. O número de bebês foi inferior em 29.000 nascimentos e o de mortes ficou em 1.269.000.
Em virtude dessas taxas algumas escolas estão fechando por falta de crianças e causando grandes impactos na comunidade. Mais de 5 mil escolas fecharam as portas na última década segundo dados oficiais do Ministério da Educação e o número de alunos no ensino primário, que vai dos 6 aos 12 anos, teve uma queda de 600 mil crianças.
Proprietários de lojas e o comércio em geral nas regiões afetadas reclamam do impacto econômico negativo que esse débito demográfico vem causando, e os donos do comércio de brinquedos e papelarias são os que sofrem primeiro.
Sociologistas alertam para o perigo dessas cidades perderem o sentimento de comunidade por falta dessas crianças, com suas brincadeiras, risadas e vozes.
As autoridades estão atentas, sabem do problema, mas enfrentam diversos obstáculos para resolverem à situação. Ventilam sobre a possibilidade de melhorar o fluxo migratório atraindo jovens de outros países, mas esbarram na resistência de boa parte da população que temem por um caos social, com o aumento da delinqüência e violência de maneira geral.
O que atualmente ocorre na prática é a falta de mão de obra até para trabalhar num supermercado. Diversos restaurantes e até mesmo o Macdonald’s estão sofrendo com isso, não conseguindo cumprir as metas de expansão estabelecidas pela matriz. Diversas lojas de conveniências fecharam por não terem mão de obra para bancar as 24 horas que precisam ficam abertas. Os postos de gasolinas e os supermercados estão tendo que substituir rapidamente seus caixas e atendentes por "self register".
O primeiro ministro Shinzo Abe vem sofrendo grande pressão para liberarem vistos de trabalhos para países como Vietnã, Indonésia e Filipinas, mas por causa da oposição da população e de alguns políticos adversários, vem agindo com cautela sobre a questão.
A verdade é que tudo isso precisa ser decidido o mais rapidamente possível porque é nítida a falta de alegria, coisa que somente as crianças podem proporcionar, em várias cidades do país.

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