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Quarenta e quatro anos no corredor da morte

29 mar 2014 às 07:03
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Foi no Japão, mas parece que foi num desses países sem leis onde o judiciário funciona precariamente. Em 1966 Iwao Hakamada foi condenado à morte por ser acusado de assassinar quatros pessoas da mesma família. Naquela época ele trabalha numa fábrica que produzia "missô", uma espécie de pasta de soja muito utilizada para preparar uma sopa típica do Japão. Após o crime foi colocado fogo na casa.
Iwao Hakamada foi lutador de boxe profissional e considerado o melhor da sua categoria na época. Casou com uma bailarina e tiveram um filho. Depois da separação é que começaram os problemas.
Acusado pelo crime que ele sempre negou, diz ter sido coagido pelos policiais para assinar um documento sobre sua culpa, uma maneira rápida para dar satisfação à sociedade.
Segundo denúncias de uma organização humanitária, durante a investigação ocorreram diversas irregularidades, o que acabava sempre adiando o julgamento final.
Durante 44 anos Hakamada ficou isolado dos outros presos numa cela de 5 metros quadrados, aguardando o dia da sua morte, que parece não mais virá. Depois de várias idas e vindas com recursos que não acabavam mais, foi pedido um teste de DNA para verificar se o pingo de sangue que estava na sua roupa era de alguma das vítimas. Depois da negativa, o juiz Hiroyaki Murayama decidiu liberar Hakamada que poderá aguardar a decisão do seu julgamento em liberdade por achar que pode ter havido manipulação das provas. Ele é considerado o preso mais antigo do mundo no corredor da morte.
O Japão recebe várias denúncias dos organismos internacionais para alterar suas condutas com os prisioneiros, onde o acusado, além de viver em cárcere privado, fica sabendo da sua execução apenas uma hora antes, tendo direito a freqüentar um altar budista durante esses sessenta minutos. Sua família é avisada apenas após o ato consumado. Isso tem causado muito sofrimento nos presos, que não sabem ao acordar se esse será seu último dia, levando alguns à loucura.
E você, o que acha da pena de morte? Daria certo no Brasil?

Iwao Hakamada

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