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So falar japonês não basta

06 ago 2017 às 11:22
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Os brasileiros chegaram ao Japão há mais de vinte anos, e muitos estão aqui até hoje. A maioria veio trabalhar como operários, e tiveram que aprender a exercer tarefas que nunca imaginaram. Muitos não sabiam sequer como funciona uma linha de montagem de automóveis ou na produção de equipamentos eletrônicos.
Com o passar do tempo alguns tiraram licenças para operar guindastes e empilhadeiras, outros aprenderam a soldar, e uma pequena minoria saiu do chão das fábricas para trabalharem nas centenas de empreiteiras que selecionam candidatos e os apresentam para o serviço braçal.
Mesmo depois de tanto tempo, tudo permanece da mesma maneira, e ainda hoje, alguns procuram trabalho fora das fábricas, mesmo que o salário seja bem menor.
O grande problema é que muitos dessas pessoas não estão e nunca estiveram preparados para exercer funções que requer um mínimo de habilidade para lidar com pessoas.
Passaram tanto tempo como operários que até o vocabulário mudou, usando gírias incompreensíveis até para dar um bom dia. Os modos também foram alterados, e é comum ouví-los falando alto, colocando o dedo no nariz, cortando os cabelos como se fossem estrelas de futebol, sem dizer daqueles que não possuem o menor respeito pelos companheiros em qualquer situação. E são pessoas desse nível que se apresentam quando são colocados anúncios oferendo vagas administrativas.
Pior é que quando contratados, por não conseguem apresentar resultados satisfatórios por falta de habilidade profissional, e tentam mostrar serviço se encostando em alguém mais qualificado. Pura falta de caráter e personalidade. Isso se não fazem fofocas.
Muitos ainda acham que somente por falarem japonês, já estão qualificados para exercerem funções mais complexas, que exigem um pouco de tutano e bom senso.
Até pela baixa formação educacional desses que tentam ascender profissionalmente, não entendem o que significam ética, liderança ou competência. Acham que fazendo o que faziam no chão das fábricas conseguirão alguma coisa num setor onde a discrição e um pouco de sigilo contam pontos valiosos.
E é por isso que é difícil fazer e ver uma amizade verdadeira entre os verde-amarelos, situação bem diferente entre os coreanos, chineses e filipinos.
Dá dó ver a colonia brasileira fragmentada mesmo depois de tantos anos. Mais ainda perceber que entre eles a fofoca anda sempre solta.

Fofoca

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