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As mudanças acontecem -Conto de Marli Terezinha Boldori

15 jan 2020 às 07:16
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À tardinha de um dia muito quente, estavam sentados sob uma frondosa árvore duas crianças judias, que ouviam atentamente o que sua avó lhes contava.

Judite e Tobias, ela com sete anos e ele com cinco, ficavam horas junto a avó, a qual perdera seu marido, e passou a morar com o filho, a nora e os netos. Os pais seguiam a religião do Judaísmo, a qual era imposta também aos filhos, mas a avó professava o cristianismo e, portanto, seguia os ensinamentos de Jesus.

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Assim, sempre que podia, evangelizava os netos por meio de lindas histórias de amor, de caridade e perdão.

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Os pais desconfiavam de que ela estava incutindo ideias sobre Jesus, aos pequenos, mas nunca puderam confirmar, pois as crianças quando questionadas, lhes respondiam que a avó apenas lhes contava muitas histórias lindas. E assim, seguiam-se os dias.

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Certa vez, a história contada pela avó foi sobre o anjo guardião, ou ainda aquele que fora nomeado por Deus para nos proteger. Na verdade, há muitas denominações para ele: espírito de luz, ou ainda, amigo espiritual. Entretanto, sendo este ou aquele nome, ele é o nosso anjo da guarda.


Assim, por meio de belas histórias, foi passado às crianças a existência de um ser que cuida de cada um de nós.

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Com o tempo, o hábito de agradecer ao anjo tornou-se uma atitude linda entre os dois pequenos, aprenderam que a gratidão e o perdão eram armas poderosas, e desta forma, foram crescendo e conhecendo o Mestre Jesus.


Em certa ocasião, o menino Tobias precisou submeter-se a uma pequena cirurgia, ele não estava com medo, mas mesmo assim, pediu ao anjo da guarda que o protegesse. Pediu a Jesus que guiasse as mãos dos médicos, para que tudo saísse bem.

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Os pais, mesmo sabendo que o risco era pequeno, não arredaram pé do lado do filho. Os dias de internação pós cirurgia correram bem e, aos poucos, o menino ficava melhor. A avó o visitava sempre e, certo dia, ao ficar sozinha com o neto, aproveitou para saber se ele não havia esquecido os ensinamentos, que ela lhe havia passado. Ele mais que depressa contou à avó que pedira a Jesus para que o abençoasse. Ao ouvir as palavras do neto, ela deu um largo sorriso e continuaram falando sobre a doutrina do Mestre.


De repente, os pais entraram e da antessala conseguiram ouvir a palavra Jesus. Eles, muito curiosos e apreensivos, indagaram a avó sobre o assunto. Não houve jeito de esconder do que se tratava a conversa, e por este motivo ela ficou proibida de falar com os netos. Aquela era sem dúvida, uma situação triste para todos. Porém aquela proibição veio tarde, pois mesmo sem uma religião definida, os dois pequenos já possuíam uma religiosidade avançadíssima, e nada mais podia abalar a sua fé.

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Aquela situação seguiu daquela forma por muito tempo, as crianças iam à sinagoga com os pais, mas à noite se reuniam no quarto da avó para novas lições sobre Jesus Cristo.


Os anos passaram rápidos e logo Judite e Tobias se tornaram adolescentes. Naquela época já sabiam qual religião seguir, pois já se sentiam cristãos. A partir de então, os pais vivenciaram muitas surpresas com seus filhos, que deixaram de ser crianças, mas não deixaram de ser cristãos.

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Eles perceberam por meio dos filhos que a religião que cada um professa deve ser de sua livre escolha, e que seus filhos estavam no caminho do bem. Por esta razão, permitiram que seguissem os ensinamentos de Jesus, porém mantinham-se afastados.


Certo dia, ao se encontrarem, após o culto de cada um, o pai rendeu-se e falou:

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- Filhos, vamos para casa fazer juntos a ceia de Natal, que a avó de vocês preparou para festejarmos o nascimento do Menino Jesus.


Judite e Tobias perceberam a mudança de seus pais e sorriram.

Marli Terezinha Boldori


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