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Brasil se opõe a inquérito da ONU sobre violência policial contra negros nos EUA

Diana Lott - Folhapress
18 jun 2020 às 10:30
- Reprodução/Pixabay
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O Brasil se opôs nesta quarta-feira (17) à criação pelo CDH (Conselho de Direitos Humanos) da ONU (Organização das Nações Unidas) de uma comissão para investigar casos de violência policial contra negros ocorridos especificamente nos Estados Unidos.

"O problema do racismo não é exclusivo de nenhuma região em particular. É um flagelo profundamente enraizado em muitas partes do mundo, afetando grande parte da humanidade", disse a representante da missão permanente do Brasil junto à ONU em Genebra, Maria Nazareth Farani Azevêdo.

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A embaixadora afirmou também que conscientizar as pessoas sobre o racismo é tão importante quanto "reconhecer o papel indispensável das forças policiais para garantir a segurança pública e proteger o direito a uma existência pacífica e segura".

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Segundo ativistas e diplomatas, oficiais dos EUA e da Austrália pressionaram os países africanos adotar uma linguagem mais branda na minuta do texto sobre a comissão. A última versão, à qual a agêncial Reuters teve acesso, não cita os Estados Unidos.

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O texto propõe que o escritório da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, "estabeleça os fatos e circunstâncias relacionados ao racismo sistêmico" e ao suposto uso de força excessiva, e relate suas conclusões em 12 meses –tampouco inclui a criação de uma comissão de inquérito dedicada exclusivamente ao tema.


Washington deixou o Conselho em junho de 2018 acusando o órgão de ser hipócrita e ter um viés anti-Israel.

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O debate desta quarta foi realizado a pedido de 54 países africanos. Em uma carta endereçada ao CDH, o grupo afirmou que a morte do americano George Floyd "infelizmente não era um incidente isolado" e que era inconcebível que o órgão não tratasse da questão.


Floyd, um homem negro, foi assassinado por asfixia após ter o pescoço prensado no chão por um policial branco no dia 25 de maio de Minneapolis, nos EUA.

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O irmão de Floyd participou do debate e pediu ao Conselho que "ajude os americanos negros" com a criação da comissão de inquérito.


"Vocês têm o poder de nos ajudar a obter justiça", afirmou Philonise Floyd em tom combativo por meio de uma mensagem de vídeo.


Bachelet denunciou a morte do americano como um "ato de brutalidade gratuita", símbolo do "racismo sistêmico que prejudica milhões de pessoas de origem africana", mas não mencionou os EUA.

Andrew Bremberg, o embaixador americano nas Nações Unidas em Genebra, afirmou em um comunicado que seu país "não estava acima do escrutínio" enquanto lidava com questões de discriminação racial, mas acrescentou que Washington estava implementando reformas policiais após o assassinato de Floyd.


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