Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
E o boleto vai subir..

Conta paga a Itaipu financia estradas, sede do Itamaraty e até vitrais

Cátia Seabra - Folhapress
02 dez 2020 às 17:05
- Alexandre MArcheti/Itaipu Binacional
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) visitou nesta terça-feira (1º) as obras da segunda ponte entre Brasil e Paraguai, custeadas pela margem brasileira de Itaipu Binacional.

O orçamento é de R$ 463 milhões, incluindo desapropriações e a construção de uma perimetral.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Em menos de um mês, essa é a segunda vez que Bolsonaro vai ao Paraná para tratar de obras de infraestrutura custeadas por Itaipu. Em 6 de novembro, o presidente anunciou um pacote de obras bancado pela empresa.

Leia mais:

Imagem de destaque
ESPECIALISTA EXPLICA

Entenda como a chuva causa deslizamentos e desmoronamentos

Imagem de destaque
Veja ranking

Tamarana está entre os municípios com mais casamentos no Brasil

Imagem de destaque
Segunda praia

Imóveis em Morro de São Paulo devem ser desocupados por risco de desabarem

Imagem de destaque
Aos 86 anos

Raul Gil afirma que pretende se aposentar da TV em dezembro


Uma das missões da companhia é promover o desenvolvimento na sua área de abrangência, o que inclui, do lado brasileiro, pouco mais de 50 municípios do oeste do Paraná. Mas, de uns anos para cá, nem todos os projetos estão nesse perímetro e miram a função de promover desenvolvimento.

Publicidade


Itaipu - cuja fonte de recursos é a conta de luz paga pelos consumidores brasileiros - tem previsão de liberar R$ 1,4 bilhão para sustentar 31 projetos.


Na lista, estão desde a construção de escolas militares à instalação de vitrais em uma catedral.

Publicidade


Apenas o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) é interveniente de convênios que ultrapassam R$ 1 bilhão.


Uma das obras, a estrada do boiadeiro, vai demandar R$ 223 milhões, incluindo o pagamento de indenização para desapropriação, no valor de R$ 18,2 milhões, e R$ 11,9 milhões para reajustes contratuais. Totalmente financiada por Itaipu, a obra tem por objetivo "disciplinar o tráfego entre Mato Grosso do Sul e Paraná.

Publicidade


Itaipu também bancará a conservação, a restauração e a gestão do complexo arquitetônico dos acervos do Ministério das Relações Exteriores do Rio de Janeiro.


O custo com o Palácio de Itamaraty, que fica a quase 1.500 quilômetros da usina, está calculado em R$ 7,318 milhões. A justificativa para o gasto estaria no fato de o tratado de Itaipu ter sido assinado no palácio.

Publicidade


"O Tratado de Itaipu privilegia o Ministério das Relações Exteriores ao reservar, na composição do conselho de administração de Itaipu Binacional, a indicação de um conselheiro. Portanto, o Palácio do Itamaty pode ser compreendido como integrante do patrimônio cultural intangível da entidade", justifica o projeto.


Além de sedes policiais e batalhões, o pacote inclui convênios com os ministérios da Educação e Defesa para implantação de quatro escolas cívico-militares em três anos, no valor de R$ 11,6 milhões.

Publicidade


Entre os gastos com empreendimentos culturais, destacam-se os R$ 2,6 milhões voltados a custear a instalação de vitrais na Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, em Foz do Iguaçu.


Entre as obras financiadas com o dinheiro arrecadado com a cobrança de tarifa de luz, está o convênio com a fundação municipal de Saúde de Foz de Iguaçu, no valor de R$ 26,1 milhões, para equipar o hospital municipal Padre Germano Lauck, hospital de alta e média complexidade.

Publicidade


Ao assumir a diretoria-geral de Itaipu brasileira, o general Joaquim Silva e Luna fixou a redução da tarifa como meta de sua gestão. Mas o valor, aplicado em dólar, está congelado desde 2009.


Chefe de gabinete da diretoria-geral, o coronel Ricardo Bezerra ressalta que as obras não representam aumento de tarifa. Segundo ele, a intenção de Luna é baixar o valor da tarifa, que depende de acordo com a margem paraguaia de Itaipu.


"O compromisso do general foi não aumentar tarifa para fazer obra. Mas não conseguiu baixar a tarifa", disse Bezerra.


Segundo a assessoria de imprensa de Itaipu, o financiamento dessas obras está de acordo com a Nota Reversal entre a República Federativa do Brasil e República do Paraguai, formalizada em março de 2005, que estabeleceu que as iniciativas no campo da responsabilidade social e ambiental são componentes permanentes das atividades desenvolvidas pela Itaipu.


"Cabe destacar que a missão institucional da Itaipu é gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai", diz a nota.


Ainda segundo assessoria da empresa, o critério para a escolha dos projetos se baseia no "alinhamento com os governos federal e estadual, relevância social e econômica e os impactos positivos para o desenvolvimento nacional, conforme definido no plano estratégico da Itaipu Binacional".


Questionada sobre o financiamento de obras em vez da redução de tarifas, a assessoria de Itaipu afirmou que a fixação do valor é anual e de forma binacional para cobrir todos os custos da entidade.


"Os recursos necessários para as iniciativas no campo socioambiental são componentes permanentes da missão da Itaipu", diz a nota.


"Importante destacar que a tarifa da Itaipu permanece congelada desde 2009 (US$ 22,60 kW) e que as obras estruturantes financiadas pela empresa não tiveram nenhum impacto no seu valor."

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade