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Terra passa pelo 'rabo do cometa' e vai ter chuva de meteoritos esta noite

Luís Fernando Wiltemburg - com Gedal
21 abr 2020 às 12:42
- Pixabay
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A órbita da Terra atravessa o rastro do cometa Tatcher nesta terça-feira (21) e os detritos deixados pela cauda devem provocar uma chuva de meteoritos, mais facilmente vista entre o fim da noite de hoje e as 5h desta quarta-feira (22). O fenômeno é observável a olho nu.

Segundo o coordenador do Gedal (Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia de Londrina), Miguel Fernando Moreno, o cometa Tatcher dá uma volta em torno do Sol a cada 415 anos. Ele explica que um cometa é uma "bola de gelo sujo” gigantesca que, quando se aproxima do Sol, perde parte do gelo, que derrete e da origem à cauda, detritos que são deixados para trás no percurso.

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Cada vez que a Terra, em seu movimento de translação (ao redor do Sol), cruza a órbita de um cometa - e isso ocorre várias vezes ao ano -, os detritos, do tamanho de um grão de feijão ou de uma azeitona, entram na atmosfera terrestre a velocidades altíssimas (podendo superar 200.000 km/h, afirma Moreno). "O atrito intenso que sofrem com a atmosfera faz com que estes detritos sejam queimados, dando origem ao fenômeno conhecido como meteoro, ou, popularmente, estrela cadente. Quando há vários destes fragmentos ao mesmo tempo, temos as chamadas chuvas de meteoro, que podem ser espetáculos belíssimos”, explica o coordenador do Gedal.

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O fenômeno deve ocorrer ao atravessar a órbita do cometa Tatcher e os meteoros devem surgir no céu nas proximidades da constelação da Lira – por isso, recebem o nome de Lirídeos, que são observados desde o ano 687 a.C. segundo Moreno. Durante a madrugada, o volume de meteoritos pode chegar a 20 por hora. "Mas chuvas de meteoros são imprevisíveis. O volume pode vir a ser, na realidade, um valor bem acima ou bem abaixo desses [20 por hora]”, alerta..

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Ainda de acordo com Moreno, não é necessário nenhum tipo de instrumento para observar o espetáculo, como binóculos ou telescópio. "É preciso apenas buscar um local o mais afastado das luzes possível, para não ofuscar e dificultar a observação dos meteoros”, diz.


Para localizar a constelação de Lira é fácil, ensina o coordenador do Gedal: por volta da meia-noite, começará a nascer no horizonte Nordeste (entre o Leste, onde o Sol "nasce”, e o Norte). "A melhor forma de tentar observar os Lirídeos é ficar confortavelmente posicionado (uma cadeira de praia é uma excelente opção) e ficar olhando para o céu, com ênfase nessa região, para o alto do firmamento”, ensina.


Para quem se interessa por astronomia, vale lembrar que o Gedal tem uma página no Facebook e um grupo no Whatsapp - entre neste link.

(Atualizado às 08h53 de 22/04/2020)


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