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Em meio à pandemia

Comércio registra alta de 8% em junho e tem segundo mês seguido de recuperação

Nicola Pamplona - Folhapress
12 ago 2020 às 12:06
- Fernando Frazão/Agência Brasil
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Com a flexibilização do isolamento em grande parte do país, o comércio brasileiro teve o segundo mês consecutivo de alta em junho e já recuperou o patamar verificado em fevereiro, antes da pandemia. Ainda assim, fecha o primeiro semestre com o pior resultado desde 2016.


De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as vendas do varejo no país subiram 8%, após avanço recorde de 13,9% em maio. Com os dois meses de alta, o setor fechou o mês 0,1% acima do registrado em fevereiro.

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A retomada do nível anterior, porém, foi puxada pelas vendas dos supermercados, que representam 52,8% do indicador. "Esse movimento tem que ser relativizado, porque o crescimento das vendas foi muito desigual", diz o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

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Além dos supermercados, outras duas atividades voltaram ao nível pré-crise: materiais de construção e móveis e eletrodomésticos. Mas todos os outros segmentos continuam bem abaixo. Um dos mais atingidos, Tecidos, vestuários e calçados, por exemplo, ainda tem vendas 45,8% menores que fevereiro.

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O gerente do IBGE destacou também que o nível de fevereiro já era baixo. No primeiro bimestre de 2020, as vendas do varejo brasileiro recuaram 1% em relação ao registrado no final de 2020. Em 2020, o varejo acumula recuo de 3,1%.


O chamado varejo ampliado, que inclui as vendas de automóveis, cresceu 12,6% em relação a maio, mas registra queda de 0,9% em relação a junho de 2019.

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No semestre, as vendas no varejo registram queda de 5,2% em relação ao semestre anterior, abaixo apenas dos 6,9% do primeiro semestre de 2016, quando o Brasil vivia fortes impactos da recessão. As vendas no setor estão 4,8% abaixo do melhor nível da série, que ocorreu em outubro de 2018.


"Estamos longe do melhor [momento do setor], mas estamos no mesmo nível pré-crise", disse o gerente do IBGE. Na comparação com o mesmo perado do ano anterior, as vendas do varejo fecharam junho em alta de 0,5%.

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Para Santos, a adaptação ao comércio eletrônico e o auxílio emergencial pago pelo governo ajudaram na recuperação das atividades que já retomaram o nível anterior. "As pessoas estão passando mais tempo em casa, entendendo as necessidades, e pode ser que essa renda do auxílio acabe virando consumo e não poupança."


A única atividade que registrou queda em junho, na comparação com o mês anterior, foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,7%), que não sofreu tanto os efeitos da pandemia.

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Por outro lado, as maiores altas se deram em Livros, jornais, revistas e papelarias (69,1%), Tecidos, vestuário e calçados (53,2%), Móveis e eletrodomésticos (31%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (26,1%).


Junho marcou a reabertura do comércio de rua em São Paulo, principal mercado do país, medida que era vista pela indústria como uma das principais esperanças de retomada após o tombo recorde registrado no início da crise.

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Respondendo à retomada das vendas na ponta, a indústria registrou crescimento de 8,9% naquele mês, também o segundo mês consecutivo de alta. Principal motor da economia brasileira e ainda sem sinais de recuperação, o setor de serviços terá o resultado de junho divulgado nesta quinta (13).


Segundo o IBGE, vem caindo o número de empresas relatando impactos do isolamento social em seus negócios. Em junho, 32,9% das empresas que informaram variações na receita relacionaram o problema ao isolamento. Em abril, eram 63,1%.


A recuperação não tem sido suficiente para melhorar o ambiente do mercado de trabalho brasileiro, que fechou o segundo trimestre com 8,9 milhões de vagas a menos, segundo informou o IBGE na semana passada. Foi a maior queda do número de brasileiros ocupados da história da pesquisa.

O desemprego subiu a 13,1%, mas a taxa ainda é distorcida pelo recorde de brasileiros que desistiram de procurar trabalho, seja por medo da pandemia, seja por acharem que não encontrarão vagas nas cidades onde vivem. Para economistas, sem esse recorde, a taxa hoje seria de 21,5%.


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