A quantidade de londrinenses protestada por algum débito nos dez primeiros meses de 2020 caiu 38% em comparação com o ano de 2019, segundo os dados de proteção de crédito da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina). Ainda, apenas no mês de outubro, a quantidade de pessoas negativadas caiu 33% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Esses números, contudo, não indicam necessariamente uma melhora na economia. Segundo o economista e consultor da Acil Marcos Rambalducci, "poderia ser um dado positivo, mas esta redução da taxa de negativados é muito mais em função da queda nas vendas ao longo de praticamente todo o ano, decorrente da crise provocada pela pandemia de COVID-19, do que resultado de uma melhor gestão das finanças pessoais”.
Leia no Bonde: Colégio de Londrina suspende aulas presenciais após casos de Covid-19
Leia mais:
Picanha e camarão terão alívio de imposto mesmo fora da cesta básica, diz governo
Reforma Tributária propõe devolução de 50% em luz, água e gás a mais pobres
Gasto de empresas com plano de saúde não dará crédito para abater tributo
Shein e Shopee faturaram juntas mais de R$ 35 bilhões no Brasil em 2023, estima BTG
Outra informação importante extraído desses mesmos dados da associação está na quantidade de pessoas que conseguiu negociar suas dívidas. Em comparação com outubro de 2019, em 2020 esse número foi 5% maior. A partir disso, é possível concluir que o londrinense está com mais capacidade de contrair crédito do que no ano passado.
"Se a economia der motivo para o consumidor aumentar sua confiança, poderemos ter um final de ano com vendas muito superiores àquelas que seriam possíveis prever em abril e maio deste ano”, ressalta o economista a respeito da proximidade das festas de final de ano, que devem aquecer o comércio.