O percentual de londrinenses endividados aumentou 11,5% nos últimos três meses. O número subiu de 56% para 67,5%, atingindo o pior número desde o primeiro trimestre de 2017.
Os dados foram apurados pelo NuPea (Núcleo de Pesquisas Econômicas Aplicadas), da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), campus Londrina. A pesquisa ouviu 247 pessoas entre os dias 1 e 4 de setembro de 2020 e foi coordenada pelo professor Marcos Rambalducci. O grupo acompanha o endividamento dos londrinenses desde 2016.
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Os tipos de dívidas mais comuns são, segundo a pesquisa, cartão de crédito (46,7% dos endividados), prestação da casa (21%), carnês (9,6%) e prestação de veículo (7,8%).
Todavia, o número de londrinenses que estão no vermelho está próximo da média nacional. Dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) constataram que até o final do mês de agosto 67,5% dos brasileiros declararam ter alguma dívida ou conta atrasada.
O NuPea também constatou que o perfil dos endividados de Londrina é bastante heterogêneo. Menos da metade (38,2%) dos que estão no vermelho se consideram muito endividados e, dentro desse número, 40% pertencem a famílias que têm renda inferior a dez salários-mínimos.
Quase 1/3 dos devedores (30%) afirmaram na pesquisa que não terão condições de quitar, mesmo que parcialmente, as contas que estão atrasadas.