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Superpopulação

Londrina tem um cachorro para quatro habitantes, diz Censo Animal

Redação Bonde com Agência UEL
27 mai 2016 às 13:23
- Divulgação
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Londrina possui um cão para cada quatro pessoas. É o que aponta o 1º Censo Animal de Londrina. Foram aplicados 385 questionários em seis bairros, e um patrimônio de Londrina - San Remo, Leonor, Maria Celina, Jamile Dequech, Piza e Patrimônio Espírito Santo - no período de agosto de 2013 a fevereiro de 2014. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a proporção de um cão para sete pessoas.

Segundo a professora Patrícia Mendes, do Departamento de Clínicas Veterinárias, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), e diretora do Hospital Veterinário (HV), Londrina está "bem fora da recomendação da OMS, o que mostra uma superpopulação de cães em Londrina", afirma. Ela acrescenta que, estatisticamente, o município possui 192 mil cães e 30.336 mil gatos.

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Ao comparar o número de crianças com a quantidade de animais criados em domicílio, a professora aponta que a proporção é de uma criança para cada dois cães, e quatro crianças para um gato. O Censo também quantificou que há uma média de 1,8 cães por residência. Ainda conforme a pesquisa, 46% dos animais domiciliados tem acesso à rua principalmente durante o dia.

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"Com esse Censo, o que era uma desconfiança nossa passou a ser certeza. O grande problema nosso não é só o cachorro abandonado. O problema também são os cachorros "semidomiciliados", ou seja, o animal tem uma casa, tem uma família, não é castrado, e que está o tempo inteiro na rua, sem identificação alguma", explica Patrícia Mendes. Para ela, os dados são muito semelhantes em todos os bairros.

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Castração - Outro ponto que chama a atenção é a castração. Conforme mostra o levantamento, cerca de 88% dos cães e 68% dos gatos não são castrados. Os proprietários foram ouvidos sobre o assunto. Segundo a professora, 68% dos entrevistados são a favor da castração, mesmo assim 32% não querem cadastrar o animal, e 40% não pensou no assunto.


Na avaliação da diretora do HV, isso mostra o preconceito da população acerca do procedimento de castração. Eles acreditam que o animal irá engordar, ou não servirá mais para guarda, ou ficará apático. "Elas são a favor da castração alheia, mas não do seu animal. A castração vai prevenir câncer, gestação, doença venérea, e que o cachorro e gato saiam na rua e se machuquem. Enfim, às vezes as pessoas gastam muito mais com uma cria do que se tivesse feito a castração. Todos os animais deveriam ser castrados", ressalta Patrícia.


A professora ressalta ainda que o censo se torna fundamental para se começar a ter uma política séria em relação à superpopulação de cães, porém um ponto anterior precisa ser trabalho: a educação dos donos de animais. "A população não está preparada para diminuir esses números, então precisamos educá-la. Os donos de animais precisam encarar a castração de outra forma, e também identificar os animais corretamente, por meio da educação, da informação e quebra de preconceitos", completou.

Dissertação - Os dados do censo animal resultaram na dissertação de mestrado da estudante Veruska Martins da Rosa na Pós-graduação em Ciência Animal, do CCA, com o tema "Caracterização demográfica das populações canina e felina domiciliada e semidomiciliada em Londrina - Paraná - Brasil", defendida em fevereiro deste ano.


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