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Dia da Consciência Negra

Movimentos protestam em Londrina contra morte de homem negro em supermercado do RS

Redação Bonde - com Folhapress
20 nov 2020 às 17:02
- Pixabay
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O movimento negro, junto com outros movimentos sociais e entidaes sindicais de Londrina, programam para a noite desta sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra, uma manifestação em frente a unidade do Carrefou, em um shopping da zona sul, em protesto à morte de João Alberto Silveira Freitas, após sofrer agressões por parte dos seguranças de outra unidade da rede em Porto Alegre (RS).


O ato é organizado porque os movimentos entendem que o Carrefour também tem responsabilidade na morte. Negro, Freitas morreu após sofrer espancamento por dois seguranças de uma loja localizada no bairro Passo D’Areia, na capital gaúcha.

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Em manifestação oficial por meio da assessoria de imprensa, a rede informou que romperia o contrato com a empresa responsável pelos seguranças e que demitiria o funcionário responsável pela loja na hora do ocorrido.

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Fátima Beraldo, gestora de promoção da igualdade racial de Londrina, afirma que o ocorrido no Rio Grande do Sul "não é um ato isolado”. "O Carrefour é uma empresa em que é recorrente situações de racismo. Tem as que saem na imprensa, mas tem outras que não são noticiadas. Portanto, a indignação do movimento negro não é só por hoje, mas várias outras situações que são denunciadas e que não é tomada nenhuma medida”, diz.

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A organização pede que os participantes levem velas, cartazes e faixas e que não descuidem em relação às medidas preventivas para evitar a proliferação do novo coronavírus. "O ato é necessário, assim como é tomarmos os cuidados como o uso de máscara, manter o distanciamento e levar álcool em gel”, alerta.


LEIA MAIS: 'No Brasil não existe racismo, é coisa que querem importar', diz Mourão

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O ocorrido


Um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte de Freitas. Mais cedo, a delegada responsável pela investigação, Roberta Bertoldo, disse à imprensa que não se trata de um caso de racismo, mas não explicou o motivo para esta conclusão. Os dois homens responsáveis pelas agressões foram presos em flagrante.

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Amigos de Freitas relataram à "Folha de S. Paulo” que o ambiente do mercado era hostil aos clientes torcedores do clube de futebol São José. "Geralmente, quando ia no mercado, o segurança já começava ficar olhando de cara feia pra gente, já tinha discriminação contra nós. Pegaram ele sozinho e agiram daquela forma", disse o amigo Carlos Eduardo Borges Carneiro.


O caso já tem sido comparado com o assassinato de George Floyd, um homem negro morto por sufocamento nos Estados Unidos em uma abordagem policial. "Não consigo respirar", disse Floyd, enquanto era contido.

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No caso de Beto, como João Alberto Silveira Freitas era chamado pelas pessoas próximas, os seguranças chegaram a ficar em cima dele, nas costas, segundo a delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre. Este tipo de contenção dificulta a respiração.


"Foi verificado junto à perícia que provavelmente ele tenha morrido por asfixia ou ataque cardíaco. O dois seguranças que agrediram ficaram em cima dele, aquilo dificultou a respiração dele. Quando falamos em asfixia não significa necessariamente estrangulamento, mas aquela forma de contenção de ficar em cima dele fez com que tivesse dificuldade de respirar e pode ter ocasionado um ataque cardíaco. Aguardamos o laudo oficial, mas são indícios preliminares a partir de sinais identificados pela perícia no corpo dele", disse Bertoldo à Folha.

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Histórico


Em agosto deste ano, a reação à morte de um representante de vendas em uma loja da rede de supermercados em Recife (PE) provocou críticas. O supermercado continuou a funcionar e o corpo do homem foi encoberto com guarda-sóis, tapumes e fardos de cerveja.

Na ocasião, o Carrefour disse que foi um erro não fechar a loja imediatamente.
O episódio foi o segundo a ter forte repercussão em redes sociais envolvendo a rede varejista. Em 2018, a morte da cadela Manchinha, vítima de agressão em uma loja do Carrefour em Osasco (Grande São Paulo), gerou protestos em frente à loja e uma investigação policial.


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