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Transporte coletivo

Viação Garcia começa a eliminar cobradores das linhas metropolitanas

Larissa Ayumi Sato e Luís Fernando Wiltemburg
Grupo Folha
30 set 2019 às 11:37
- Rafael Fantin/Grupo FOLHA
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A Viação Garcia resolveu retirar os cobradores das linhas metropolitanas que opera. Há pelo menos duas semanas, os funcionários já não trabalham mais dentro dos ônibus nos horários de menor volume de passageiros. O Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina) acompanha o movimento.

Os carros da TIL Transportes Coletivos, que fazem a linha Cambé-Londrina-Ibiporã, já operam sem cobradores.

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Segundo o presidente do Sinttrol, João Batista da Silva, a Viação Garcia admitiu a retirada dos funcionários nos horários que tenham, em média, 26 pagantes. Silva diz que a empresa informou não ter havido demissões e que os cobradores passaram a executar outros serviços. "Mas vamos ficar de olho e, se não houver solução, vamos ter de parar [os ônibus]”, afirma.

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Quando não há cobrador, o motorista passa a receber o valor das passagens em dinheiro, em troca de uma comissão de 3,5% da arrecadação em dinheiro. O percentual representa, segundo o sindicalista, cerca de R$ 300 a mais por mês para os motoristas, cujos salários são em torno de R$ 2,6 mil. "É mais barato para a empresa [pagar a comissão] que manter um cobrador que custa cerca de R$ 2 mil, entre salário e custos trabalhistas”, calcula Batista.

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No entanto, os usuários reclamam dos atrasos provocados pela cobrança por parte dos motoristas, principalmente quando o pagamento é realizado pelo passageiro em dinheiro com necessidade de troco.


Rafael Fantin/Grupo FOLHA
Rafael Fantin/Grupo FOLHA - Cadeira do cobrado vazia em ônibus metropolitano na manhã desta segunda-feira (30)
Cadeira do cobrado vazia em ônibus metropolitano na manhã desta segunda-feira (30)


A Viação Garcia opera 18 linhas metropolitanas nas regiões de Londrina e de Maringá. Por Londrina, há saídas para Assaí, Bela Vista do Paraíso, Jataizinho, Rolândia, São Sebastião da Amoreira e Sertanópolis. Segundo Batista, a empresa já retirou, também, os cobradores da linha que cobre Mandaguari-Maringá, mas houve protesto dos trabalhadores e a função foi retomada. "Mas, a empresa já me confirmou que a ideia é suprimir esse cargo.”

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Em nota, a empresa informou que "faz acompanhamento técnico diário da operação das linhas Metropolitanas, avaliando os serviços prestados, bem como a utilização em termos estatísticos de passageiros por linha, por horário e a forma de pagamento utilizada. Após estudos realizados do controle de bilhetagem eletrônico, identificamos que em alguns horários o número de passageiros com pagamento em dinheiro está abaixo da média de 27 pagantes por horário, que torna desnecessário a manutenção do cobrador. Importante observar que a mudança ocorreu apenas em duas linhas, sendo que essas linhas já operavam sem o cobrador em alguns horários".


E acrescenta que "Quanto aos cobradores destas linhas, até o momento não foram desligados e serão realocados conforme a rotatividade e oportunidades internas, não descartamos a possibilidade de redução dos que não forem enquadrados nas oportunidades".


A Garcia informa ainda que "Os reajustes salariais são tratados por ocasião do Acordo Coletivo da categoria, que é negociado com o Sindicato anualmente".

Atualizado às 16h52.


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