O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou na noite deste sábado (25) que a quarentena obrigatória para conter a disseminação do coronavírus continuará até pelo menos 10 de maio. O anúncio foi feito a jornalistas na residência presidencial.
Neste período, não haverá flexibilização da quarentena em cidades com mais de 500 mil habitantes. Nas menores, as atividades comerciais poderão começar a voltar desde que o número de infectados não seja elevado. Nesses casos, Fernández afirmou que é preciso ter "o compromisso dos prefeitos de que não mais do que 50% da população esteja circulando".
"Caso esse requisito seja violado, ou a cidade mostre um aumento no número de contágios, exigiremos que volte a cumprir quarentena integral e obrigatória", complementou o presidente.
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Com isso, moradores tanto de Buenos Aires como de todas as capitais de províncias e de outras cidades grandes da Argentina só podem sair de casa para comprar alimentos e remédios ou para consultas médicas, como já estava estabelecido.
Podem circular, desde que com permissão oficial, médicos, trabalhadores do setor de saúde, alimentos, combustível, diplomatas, políticos e profissionais da imprensa. O uso da máscara caseira é obrigatório nos transportes públicos -onde não se pode viajar em pé- e ao entrar em mercados.
Os shoppings e o comércio permanecerão fechados, e não haverá voos, nacionais nem internacionais, a princípio, até setembro.
"Não vou cair na falsa dicotomia entre economia e saúde. Eu prefiro que uma fábrica não funcione porque seus funcionários estão em quarentena do que porque estão doentes", afirmou o presidente.
Foi permitido que os pais saiam com filhos pequenos para um passeio breve que não exceda a distância de 500 metros de sua casa.
Segundo dados do governo, há 3.780 casos confirmados de Covid-19 e 185 mortos no país.