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Terrorismo

Atentado a faca mata três pessoas em igreja na França

Folhapress
29 out 2020 às 14:41
- Pixabay
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Um agressor com uma faca matou três pessoas - duas mulheres e um homem- por volta das 9h (horário local, 5h no Brasil) desta quinta-feira (29) na basílica de Notre-Dame de Nice, na França.


Segundo a polícia de Nice, uma mulher de cerca de 70 anos foi degolada, e o sacristão da igreja também morreu ao ser alvo de facadas dentro do edifício. Identificado como Vicente, ele tinha cerca de 55 anos, dois filhos e abria a igreja às 8h30 todas as manhãs.

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Uma mulher de cerca de 40 anos, seriamente ferida a facadas, conseguiu fugir da igreja, mas acabou morrendo em um estabelecimento em frente à basílica, segundo ​o prefeito da cidade, Christian Estrosi.

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Na cidade da costa sul francesa, o presidente Emmanuel Macron fez um pronunciamento dizendo que o governo manterá a firmeza e pedindo união a toda a população, independente do credo. O governo elevou o nível de segurança contra ataques terroristas em todo o país e Macron afirmou que o número de militares destinados ao contraterrorismo seria elevado de 3.000 para 7.000.

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A polícia, que descreveu a cena do crime como "uma visão de horror", foi acionada por um botão de emergência que fica na calçada e chegou em cerca de dez minutos. Moradores ouviram vários tiros e o suspeito foi levado ao hospital após ser atingido.


O prefeito Estrosi afirmou não ter dúvida de que o incidente foi um atentado terrorista, depois de falar com policiais que interrogaram o agressor. Segundo ele, o homem gritou "Allahu Akbar" (Deus é grande, em árabe) várias vezes, mesmo após ser detido.

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O Vaticano também se pronunciou. Uma mensagem enviada ao bispo de Nice em nome do Papa Francisco diz que o pontífice condena "da maneira mais enérgica esses violentos atos de terror" e "se une em oração com o sofrimento das famílias e compartilha sua dor".


Ouvido pela BFMTV, um homem chamado David, que trabalha no café Brioche Chaude, disse ter presenciado a cena do crime após ser avisado por outro homem que também estava na igreja. "Fiquei chocado. Ainda estou tremendo", disse ele à TV. ​

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​Duas horas após o ataque em Nice, um homem morreu pela polícia em Avignon após ameaçar moradores com uma pistola. Testemunhas disseram que ele gritava "Alá é grande", mas a polícia diz que é cedo para afirmar que há motivação terrorista, relata a rádio Europe 1.


Um saudita foi detido em Jidá após atacar com uma faca um guarda do consulado francês. O homem está no hospital, mas não corre risco, segundo a Embaixada da França. Na quarta, a França havia publicado avisos de segurança para cidadãos em países de maioria muçulmana.

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Os ataques ocorrem em meio a uma escalada de tensão em países de maioria muçulmana contra declarações do presidente francês de que a liberdade de expressão é um valor fundamental na França, ainda que manifestações possam ofender grupos específicos. ​


Os discursos de Macron foram feitos após a morte do professor Samuel Paty, decapitado por um jovem de 18 anos por mostrar caricaturas de Maomé em aula sobre liberdade de expressão. Retratar o profeta é banido por religiosos muçulmanos, e as charges são vistas como insulto grave.

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Cartuns de Maomé já haviam sido motivo para ataques contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo em 2011, 2013 e 2015, quando 12 pessoas foram mortas em ataque terrorista. Em setembro, quando começou o julgamento de 14 acusados de envolvimento nesse atentado, o jornal republicou desenhos, alguns deles mostrados por Paty em sua aula.


Há um mês, dois jornalistas levaram facadas em Paris perto do antigo escritório do Charlie Hebdo. Cinco pessoas foram presas, e uma delas afirmou que ataque tinha o jornal como alvo.

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Dias antes da morte do professor, Macron havia anunciado um programa contra o que chamou de "separatismo islâmico", que estaria levando a radicalização e ao risco de terrorismo. A França tem a maior população islâmica da Europa: 6 milhões, ou cerca de 9% do total.


​Em países do Oriente Médio, da África e da Ásia houve protestos contra o presidente francês e pedidos de boicote a produtos franceses. Ainda não está claro se o incidente desta quinta tem relação com a crise iniciada devido às caricaturas de Maomé.


O Conselho Francês da Fé Muçulmana escreveu que "condena veementemente o ataque terrorista". Em rede social, uma moradora de Nice, não identificada, convocou outros imigrantes islâmicos a fazerem uma noite de vigília na basílica, em protesto contra a violência.


"Não podemos aceitar. Por que esse ataque à França, que nos deu tudo? As pessoas rezam para viver na França, se metem em barquinhos para chegar aqui, e então agridem o país dessa forma?", disse ela.


O ataque foi condenado também pelo governo turco, que, nos últimos dias, estava envolvido em uma escalada de tensões com a França. "Nenhuma razão pode justificar matar uma pessoa ou justificar a violência", afirmou comunicado no site oficial.


Comissão Europeia, Vaticano, Reino Unido, Holanda, Itália e Espanha também condenaram o ataque.


Em Paris, parlamentares fizeram um minuto de silêncio em solidariedade às pessoas mortas. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, disse que o povo de Nice "pode ​​contar com o apoio da cidade de Paris e dos parisienses".

Em 2016, Nice foi palco de um atentado perpetrado pelo grupo terrorista Estado Islâmico. Um terrorista dirigindo um caminhão avançou sobre a multidão que comemorava o Dia da Bastilha, em 14 de julho, deixando 86 mortes e 458 feridos.


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