A Europa pretende estender até 15 de maio a proibição da entrada de não residentes, para combater a pandemia de coronavírus.
A medida, em vigor desde 16 de março, tem duração de um mês, mas a Comissão Europeia (Executivo do bloco) considera que "as medidas aplicadas para combater a propagação do vírus requerem mais de 30 dias para serem efetivas".
A proposta da UE deve ser acatada pelos 31 países que adotaram a proibição em curso: os 27 países da União Europeia, e outros 4 que integram a zona Schengen (Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça), espaço de livre circulação dentro do continente.
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Exceções são abertas apenas para cidadãos europeus, residentes e seus familiares diretos, profissionais de saúde ou de transporte, diplomatas, cientistas e em casos de emergência.
Pesquisadores e especialistas que ajudam a lidar com o coronavírus, motoristas e trabalhadores agrícolas sazonais também devem continuar a ter a entrada na UE autorizada.
Segundo a Comissão, a proibição só tem efeito se todos os países participarem, já que a ideia é fechar as fronteiras externas aos países europeus e facilitar o trânsito dentro do continente.
Barreiras dentro do bloco têm preocupado a UE desde que, para conter a pandemia, alguns países passaram a barrar a entrada de motoristas de caminhão que levavam alimentos e medicamentos.
"Precisamos atuar juntos nas fronteiras internas para garantir que nosso mercado interno continue funcionando adequadamente e que produtos vitais possam chegar ao seu destino sem demora", disse a comissária para Assuntos Internos, Ylva Johansson.
O risco de aumentar a transmissão comunitária (entre a própria população) do coronavírus dentro da Europa é avaliado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças como moderado, se houver medidas de mitigação, e muito alto, se elas forem insuficientes.
O risco de que a capacidade dos sistemas de saúde e assistência social se esgote nas próximas semanas é avaliado como alto, mesmo com as medidas de restrição em vigor.
Desde a implementação da restrição de viagens, na segunda quinzena de março, o tráfego aéreo de passageiros foi quase reduzido a zero, com os demais voos limitados principalmente ao transporte de cargas e repatriação. O mesmo aconteceu com o transporte por trem e ônibus.