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Em Londres

Julian Assange é preso na embaixada do Equador

Agência Estado
11 abr 2019 às 13:07
- Shutterstock
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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi preso nesta quinta-feira, 11, pela polícia britânica na embaixada do Equador em Londres. A prisão ocorreu depois que o governo de Quito retirou o asilo diplomático concedido ao australiano, informou a Scotland Yard.


"A polícia metropolitana foi convidada à embaixada pelo embaixador (do Equador) após a retirada do asilo pelo governo equatoriano", diz um comunicado da corporação. Assange, de 47 anos, foi levado a uma delegacia do centro de Londres, onde permanecerá até uma audiência com um juiz, que deve ocorrer o mais rapidamente possível, completa a nota oficial.

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O presidente do Equador, Lenín Moreno, afirmou, em uma rede social, que o país decidiu "soberanamente" retirar o asilo diplomático de Assange "por violar reiteradamente as convenções internacionais e o protocolo de convivência". Ele garantiu que o australiano não será extraditado a um país no qual possa ser condenado à pena de morte.

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Moreno, que chegou a considerar Assange uma "pedra no sapato" da diplomacia equatoriana, cortou temporariamente as telecomunicações do australiano em 2018. Contudo, parece ter sido a suspeita do governo equatoriano de que o WikiLeaks tenha pirateado as comunicações do presidente e de sua família para vazar fotos, vídeos e conversas privadas o gatilho para a decisão de retirar o asilo diplomático.

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Imagens exibidas por emissoras de televisão mostravam agentes da polícia retirando Assange, com uma longa barba branca, do edifício da embaixada equatoriana, que fica no bairro londrino de Knightsbridge. O australiano entrou no local no dia 19 de junho de 2012 para escapar de um pedido de extradição da Suécia, cuja base acabou rejeitada.


Repercussão

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A plataforma de difusão de documentos secretos WikiLeaks, que alertou há vários dias que Moreno estava disposto a retirar de Assange a proteção diplomática concedida há quase sete anos por seu antecessor, Rafael Correa, denunciou imediatamente a decisão de Quito como "ilegal" e "em violação ao direito internacional"


Correa acusou Moreno de ser o "maior traidor da história" latino-americana por cometer um "crime" ao entregar Assange. "Moreno é um corrupto, mas o que fez é um crime que a humanidade jamais esquecerá", disse o ex-presidente no Twitter.

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"Lenín Moreno, nefasto presidente do Equador, demonstrou sua miséria humana ao mundo, entregando Julian Assange - não apenas asilado, mas também cidadão equatoriano - à polícia britânica", disse Correa, que vive asilado na Bélgica. "Isto coloca em risco a vida de Assange e humilha o Equador. Dia de luto mundial", finalizou.


A Rússia também reagiu à decisão, acusando as autoridades britânicas de "estrangular a liberdade", segundo a porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, Maria Zakharova. "Esperamos que todos os seus direitos sejam respeitados", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.


A advogada da mulher sueca que acusou Assange de estupro em 2010 disse que sua cliente quer a reabertura da investigação. Em maio de 2017, a três anos de sua prescrição e sem condições de levar as investigações adiante, a Suécia arquivou o caso. "Vamos fazer de tudo para que os procuradores reabram a investigação sueca e que Assange seja enviado para a Suécia e levado à Justiça por estupro", afirmou Elisabeth Massi Fritz.

O australiano estava na embaixada por temer que, se saísse, fosse preso e extraditado aos Estados Unidos pela divulgação de milhares de documentos secretos de Washington por meio do WikiLeaks. (Com agências internacionais).


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