Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Igreja católica

'Nenhum país tem futuro com ódio', diz Papa

Agência Ansa
06 set 2019 às 09:01
- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O papa Francisco afirmou nesta sexta-feira (6), em uma missa para 60 mil pessoas no Estádio Nacional de Zimpeto, em Maputo, capital de Moçambique, que nenhum país tem futuro com "vingança e ódio".

O líder da Igreja Católica viajou à nação africana cerca de um mês depois da assinatura de um acordo de paz que promete pôr fim definitivo a décadas de conflitos entre o governo socialista da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e os guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"Nenhuma família, nenhum grupo de vizinhos, nenhuma etnia e muito menos um país terão futuro se o motor que os unem e encobre as diferenças for a vingança e o ódio", alertou o Papa, que buscou sempre destacar a importância da paz em seus discursos em Moçambique.

Leia mais:

Imagem de destaque
Preocupante

Oceanos batem recorde de calor em meio à falta de ações

Imagem de destaque
Audiência semanal

Daniel Alves se apresenta pela 1ª vez à Justiça após liberdade provisória

Imagem de destaque
Ações humanas

Onda de calor de março no Brasil foi intensificada pelas mudanças climáticas, aponta estudo

Imagem de destaque
Dados de 2022

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU


"Não podemos nos colocar de acordo para nos vingar, para fazer com quem foi violento a mesma coisa que ele fez conosco, para planejar retaliações sob formas aparentemente legais. As armas e a repressão violenta, ao invés de gerar soluções, criam conflitos novos e piores", acrescentou.

Publicidade


"Há outro caminho disponível, porque é fundamental não se esquecer que nossos povos têm direito à paz. Vocês têm direito à paz", disse. A Guerra Civil Moçambicana durou de 1977 a 1992, quando a Frelimo, que governa o país desde sua independência, em 1975, e a Renamo assinaram um acordo de paz em Roma, com mediação da Igreja.


As hostilidades, no entanto, retornaram em 2013 e só foram encerradas formalmente no início de agosto passado, com um tratado firmado pelo presidente Filipe Nyusi e pelo líder da Renamo, Ossufo Momade.

Publicidade


"Superar os tempos de divisão e violência não implica apenas um ato de reconciliação ou a paz entendida como ausência de conflito, mas sim o compromisso cotidiano de cada um de nós em ter um olhar atento e ativo que nos leve a tratar os outros com aquela misericórdia e bondade com as quais queremos ser tratados", afirmou Francisco.


O líder da Igreja Católica ainda alertou para "ideologias de todos os tipos que tentam manipular os pobres e as situações de injustiça, a serviço de interesses políticos ou pessoais". Antes da missa, Francisco também visitou um centro de tratamento para pacientes com o vírus HIV e elogiou os que "não cederam à tentação de dizer que 'é impossível combater esta praga'".

O Papa já deixou Moçambique e segue agora para Madagascar, segunda etapa de uma viagem que terminará em Maurício.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade