"No 'novo normal' da política, a saúde será prioridade por muitos anos", disse nesta quinta (23) o diretor regional para a Europa da OMS (Organização Mundial da Saúde), Hans Kluge.
Segundo ele, a pandemia de coronavírus mostrou que "sem saúde não existe economia nem segurança nacional". Kluge também afirmou que será fundamental a coordenação e a cooperação internacional.
"Não adianta um país trabalhar sozinho. Se o vizinho não controlar a pandemia, ele será atingido", afirmou o diretor da OMS Europa.
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Segundo Catherine Smallwood, encarregada do setor de Emergências da seção europeia, será preciso implantar um sistema de vigilância amplo, que identifique a Covid-19 em qualquer lugar do mundo. "Qualquer novo caso em qualquer país representa um risco global. Tudo o que é feito no nível local terá impacto global", afirmou.
A capacidade de rastrear a doença e reagir logo para conter a transmissão será crucial para evitar novas crises, segundo a especialista.
Kluge também acredita que o "novo normal" deveria incluir uma valorização dos profissionais de saúde. "Grande parte dos funcionários da linha de frente são desvalorizados. Agora sua importância ficou sob o holofote", afirmou.