Presos da Penitenciária Central do Estado - Unidade de Progressão (PCE-UP), localizada em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, trabalham no plantio de hortaliças e verduras orgânicas produzidas no terreno da unidade penal. No local, os presos são responsáveis pelo plantio, colheita e processamento dos alimentos que são entregues prontos para o consumo.
Isso é possível graças a parceria com a empresa JFO Alimentos Orgânicos ,que contrata e qualifica a mão de obra prisional por meio de um convênio com o Estado. Em contrapartida, os presos recebem ao mês a remuneração de três quartos do salário-mínimo, além de diminuir a pena por meio do trabalho. A cada três dias trabalhados, um dia a menos da pena a cumprir.
Na quinta-feira (18), o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara, conheceu a iniciativa, que pode ser ampliada para outras regiões do Estado.
Leia mais:
Pista da 445 em Tamarana será bloqueada a partir de segunda para obras de viaduto
Justiça manda retirar veículos do pátio da delegacia de Palmital para evitar dengue
Homem que cortou corda de trabalhador ameaçou funcionários no prédio no PR
Vacinação contra a dengue vai ser ampliada para mais 17 municípios da região de Apucarana
"Tive a oportunidade de conhecer um belo trabalho que une dois grandes aspectos. Um deles é que o detento pode trabalhar, reduzir sua pena, aprender um novo ofício e exercitar a mente e o corpo. De outro lado, trazer empresários interessados em ajudar a produzir, ser racional e contribuir para a recuperação da dignidade dessas pessoas que aqui estão", afirmou o secretário.
Segundo Ortigara, foi possível notar um ambiente propício para ampliação do trabalho. "Discutimos com a equipe da direção sobre estabelecer novas parcerias, visando o pleno aproveitamento racional de grandes áreas que detemos em várias regiões do Paraná, no sentido de transformar esses locais em ambientes de produção, dando oportunidade para os detentos e produzindo alimentos", disse ele.
Segunda a diretora da PCE-UP, Cinthia Maria Mattar Bernardelli Dias, atualmente dez presos trabalham diariamente na horta. Além dessa iniciativa, a penitenciária possui convênio com outras empresas e, por isso, consegue manter todos os presos ocupados. "Todos os presos que cumprem pena na unidade de progressão trabalham e estudam em tempo integral. Nosso objetivo é prepará-los ao máximo possível para o retorno e a vida em sociedade", explicou a diretora.