Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Levantamento do Gaeco

Letalidade da polícia cresce em situações de confronto no primeiro semestre

Luís Fernando Wiltemburg - Grupo Folha
24 ago 2020 às 14:34
- Divulgação
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O número de mortes provocadas em confrontos com policiais cresceu no primeiro semestre deste ano quando comparado com o mesmo período de 2019, de acordo com levantamento semestral do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MP (Ministério Público do Paraná) divulgado nesta segunda-feira (24).


De acordo com as estatísticas, foram 29 mortes nos chamados confrontos com forças policiais nos primeiros seis meses de 2020, contra 25 entre janeiro e junho de 2019. O crescimento foi de 16% de um ano para o outro.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A letalidade dos confrontos policiais cresceu mais proporcionalmente em Londrina em relação à média geral do Paraná. No Estado, o número de mortes nestas situações cresceu de 162 no primeiro semestre de 2019 para 184 no mesmo período de 2020, um incremento de 13,58%.

Leia mais:

Imagem de destaque
Vítima encontrou itens furtados

Homem em situação de rua é preso por furtar bandeiras e bomba de encher pneus em Londrina

Imagem de destaque
Dois presos

Polícia Rodoviária apreende quase 50 kg de maconha após perseguição em Sertanópolis

Imagem de destaque
Momento significativo

'Crime foi esclarecido, mas novos elementos podem surgir', diz Lewandowski

Imagem de destaque
Operação Murder Inc.

Envolvimento de delegado no crime surpreende famílias de Marielle e Anderson


Entretanto, as estatísticas indicam que cresceu a violência dos confrontos com a Polícia Militar: enquanto em 2019, entre janeiro e junho, foram 157 óbitos provocados pela PM, quatro por policiais civis e uma por guardas municipais, no primeiro semestre de 2020 foram 183 mortes provocadas pela PM e uma por guardas civis.

Publicidade



Procurado, o Comando da PM no Paraná informou que as situações em que ocorrem confrontos armados envolvendo policiais militares, a PM não busca o resultado morte, mas a proteção da vida do cidadão e dos policiais militares envolvidos na ocorrência. Também argumentou que a atuação dos agentes da corporação seguem protocolos internacionais que incluem várias técnicas, "sendo a arma de fogo o último recurso".



O comando da corporação ainda disse que "toda e qualquer ação de integrantes da corporação durante o cumprimento do dever, seja no âmbito preventivo ou repressivo, é amparada pelos limites da Constituição Federal e da lei, e levados em consideração os direitos humanos e a dignidade da pessoa". Disse ainda que o compromisso da PM é "sempre com a proteção da vida, tanto do cidadão comum quanto dos militares estaduais".

Publicidade


Estratégia nacional


O controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia institucional de atuação do MP do Paraná com o objetivo de contribuir para diminuir a letalidade das abordagens conduzidas pela polícia. As iniciativas do Ministério Público com esse intuito são constantemente discutidas com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública, da Polícia Civil e da Polícia Militar.


O Ministério Público do Paraná, a exemplo dos demais MPs do Brasil, aderiu ao programa nacional "O MP no enfrentamento à morte decorrente de intervenção policial”, instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público, por meio da Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança. A iniciativa do CNMP tem como objetivo assegurar a correta apuração das mortes de civis em confrontos com policiais e guardas municipais, garantindo que toda ação do Estado que resulte em morte seja investigada.

(Atualizado às 15:30 com a manifestação da Polícia Militar)


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade