Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Lava Jato Eleitoral

Alckmin é denunciado sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e caixa dois eleitoral

José Marques/Folhapress
23 jul 2020 às 10:10
- Sebastião Moreira/EFE/Ag. Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foi denunciado nesta quinta-feira (23) sob acusação de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral (caixa dois).

A ação foi apresentada pelo Ministério Público de São Paulo no âmbito da chamada Lava Jato Eleitoral, um desdobramento da operação no estado.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


De acordo com a Promotoria, Alckmin recebeu R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha ao Palácio dos Bandeirantes de 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.

Leia mais:

Imagem de destaque
Segunda discussão

Câmara de Londrina aprova espaço para agentes de endemias nas UBSs

Imagem de destaque
Vereadora foi internada na quarta

Juiz concede liminar e suspende audiências da CP que apura denúncia contra Mara Boca Aberta

Imagem de destaque
Decisão polêmica

Professor foi deixado de lado no processo educacional, diz especialista sobre uso do ChatGPT em SP

Imagem de destaque
Entenda

Aval à fundação da Lava Jato entrará no foco do CNJ após divergências sobre Gabriela Hardt


Além do ex-governador, foram denunciados Marcos Monteiro, ex-tesoureiro do PSDB, e Sebastião Eduardo Alves de Castro, ex-assessor.

Publicidade


As investigações foram iniciadas com base nas delações da Odebrecht e aprofundadas com outros elementos de prova pela Polícia Federal. Também usa depoimentos do ex-diretor do Metrô Sérgio Brasil, que fechou acordo de delação premiada.


A acusação do Ministério Público diz que os recursos não foram registrados nas prestações de contas de Alckmin, que teria solicitado e recebido vantagens indevidas pagas pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht (o setor de propina) por meio de doleiros.

Publicidade


"Esses recursos destinavam-se, num primeiro momento, ao financiamento eleitoral indevido (não declarado) e, num momento seguinte, pós eleições, à manutenção da influência do grupo empresarial junto ao governo", diz a Promotoria.


Em 2010 e 2014, o grupo Odebrecht não podia fazer doações eleitorais porque controlava a concessionária que administrava a rodovia Dom Pedro 1º e porque participou do consórcio da Linha 6 do Metrô.

Publicidade


Segundo a Promotoria, o intermediário dos pagamentos em 2010 era Adhemar César Ribeiro, cunhado de Alckmin, conforme foi descrito pelos delatores da Odebrecht. Alckmin tinha o codinome "Belém".


Adhemar não foi denunciado porque já tem mais de 70 anos e eventuais acusações contra ele estão prescritas.

Publicidade


Já em 2014, foram 11 repasses, que, segundo o Ministério Público, foram intermediados pelo tesoureiro da campanha, Marco Antônio Monteiro.


"A quebra de sigilo telefônico trouxe ao inquérito da Polícia Federal, base da denúncia do Ministério Público Eleitoral, a comprovação de que o celular da esposa do tesoureiro (ele usava o aparelho) e o telefone de Luiz Antonio Bueno Junior, do Grupo Odebrecht, estavam na área da mesma Estação Rádio Base nos dias em que houve negociações para as transferências irregulares", diz o Ministério Público.

Publicidade


Procurado por meio de sua assessoria, o ex-governador ainda não se manifestou. O presidente do PSDB estadual, Marco Vinholi, afirmou em nota que "reitera sua confiança na idoneidade do ex-governador Geraldo Alckmin".


"Em seus mais de 40 anos de vida pública, Alckmin manteve uma postura de retidão e respeito à lei sem jamais abrir mão dos princípios éticos e de seu compromisso em servir ao setor público e ao cidadão.

Publicidade


Acreditamos na Justiça e temos convicção de que, ao final do processo, os fatos serão devidamente esclarecidos", afirmou.
Na semana passada, o ex-governador foi indiciado pela Polícia Federal sob suspeita da prática dos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.


O indiciamento teve como base a delação de ex-executivos da Odebrecht, além de análises periciais no sistema de informática da empreiteira, de extratos telefônicos, de conversas pelo aplicativo Skype, de documentos, de ligações telefônicas e de outras delações. Foi esse indiciamento que deu base à denúncia apresentada nesta quinta.


À época, ele disse, em live do PSDB municipal de São Paulo, que tem a consciência tranquila.

"Fui surpreendido com o indiciamento da Polícia Federal por doação de campanha sendo que sequer fui ouvido. É inacreditável isso. [...] Não tive nenhum acúmulo patrimonial, [tive] vida pessoa pessoal modesta", disse. "Estou absolutamente indignado, mas também confiante."


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade