O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), 83, morreu na noite desta quarta-feira (21) alvo de complicações causadas pela Covid-19. Ele estava internado havia mais de um mês.
Oliveira é o primeiro senador a morrer em decorrência da doença causada pelo novo coronavírus.
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"Comunicamos que nesta noite (21 de outubro) o senhor Jesus recolheu para si nosso amado irmão, o senador Arolde de Oliveira. Falecido em virtude da Covid e como consequência falência múltipla de órgãos", disse nota encaminhada pela família e postada nas redes sociais.
O líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), lamentou a perda.
"Estou em prantos, eu gostava demais do meu amigo. Cessou de viver", disse o senador à reportagem, assim que soube da notícia.
Arolde de Oliveira estava em seu primeiro mandato de senador. Ele era titular da Comissão de Ciência e Tecnologia. Gaúcho, o senador era natural de São Luiz Gonzaga.
Oliveira fundou o Grupo MK de Comunicação, um dos maiores do segmento evangélico. A MK Music, gravadora gospel sob aba deles, tem no cast nomes como o deputado e cantor gospel Marco Feliciano.
A deputada Flordelis também integrava o elenco, mas seu contrato foi rompido após as suspeitas de seu envolvimento na morte do marido.
A mulher do senador, Yvelise, chamou-a de "dissimulada e perigosa" em depoimento à polícia, que a convocou após uma linha telefônica cadastrada em seu nome ser habilitada no telefone do pastor assassinado Anderson do Carmo.
O grupo MK também é responsável pelo Pleno.News, um dos portais evangélicos tidos como braço do bolsonarismo.
No lugar de Arolde, assume o advogado Carlos Francisco Portinho, 47. Ex-vice-presidente jurídico do Flamengo, já advogou para diversos times, como Palmeiras, Cruzeiro, São Paulo, Santos e Atlético Mineiro.
Portinho foi Secretário de Habitação do Município do Rio, em 2017, na gestão de Marcelo Crivella, e Secretário do Ambiente do Estado, em 2014, no governo de Luiz Fernando Pezão.