Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Noite de terça

Bolsonaro critica fechamento de escolas e comércio em novo pronunciamento

Folhapress
24 mar 2020 às 21:22
- Isac Nobrega/PR
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Em seu terceiro pronunciamento em rádio e televisão sobre a crise do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar na noite desta terça (24) a gravidade da doença.

O presidente pediu para prefeitos e governadores "abandonarem o conceito de terra arrasada", que, para ele, inclui o fechamento do comércio "e o confinamento em massa". "O grupo de risco é o das pessoas acima de 60 anos. Então, por que fechar escolas? Raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos."

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Bolsonaro também atacou a mídia e voltou a criticar governadores. A fala do presidente foi acompanhada por panelaços em algumas cidades do país, pelo oitavo dia seguido.

Leia mais:

Imagem de destaque
Abril de 2025

Lula adia pela 3ª vez retomada de exigência de visto para EUA, Canadá e Austrália

Imagem de destaque
Nova proposta

Câmara enterra PL das Fake News e rediscutirá texto do zero após caso Musk

Imagem de destaque
Vai voltar

Câmara aprova projeto que recria DPVAT

Imagem de destaque
Marco Legal dos Games

Câmara aprova regulamentação de mercado de jogos eletrônicos


A conduta de Bolsonaro de buscar a atenuar a pandemia do coronavírus –já chamada por ele de "gripezinha"– impulsionou esses protestos desde a segunda-feira da semana passada, dia 16.

Publicidade


A última vez que o presidente chamou o sistema de rádio e TV para falar à população tinha sido no dia 12 de março, quando ele sugeriu que seus apoiadores não comparecessem a atos de rua planejados para o domingo seguinte, 15 de março. A justificativa era que aglomerações poderiam facilitar a transmissão da Covid-19.


O presidente, no entanto, descumpriu sua própria orientação e, no dia programado para as manifestações, se reuniu com simpatizantes em frente à rampa do Palácio do Planalto. Na ocasião, ele tocou em pessoas, as cumprimentou e tirou posou para selfies.

Publicidade


Antes disso, no dia 6 de março, Bolsonaro havia feito um pronunciamento para dizer que o país tinha reforçado seus sistemas de vigilância sanitários em portos e aeroportos, como preparação para o avanço do Covid-19.


A nova doença causou até o momento 46 mortes no Brasil. Há 2.201 casos confirmados de coronavírus. O primeiro óbito foi registrado no dia 17 deste mês.

Publicidade


Bolsonaro minimizou em diversas ocasiões os impactos do Covid-19 e criticou medidas de restrição de movimento que têm sido adotadas por governadores.


Ele já se referiu à enfermidade como "gripezinha" e argumentou que ações como o fechamento de comércios e divisas entre os estados causam prejuízos econômicos para o país.

Publicidade


"Esse vírus trouxe uma certa histeria. Tem alguns governadores, no meu entender, posso até estar errado, que estão tomando medidas que vão prejudicar e muito a nossa economia", afirmou Bolsonaro no dia 17 de março, em entrevista à rádio Tupi.


Outra marca da resposta de Bolsonaro à pandemia tem sido a troca de acusações com governadores, principalmente com João Doria (PSDB), de São Paulo, e Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro.

Publicidade


Ele já se referiu a Doria como "lunático" e acusou Witzel de tomar medidas que extrapolam suas funções, como se o Rio de Janeiro fosse um país independente.


Nos últimos dias, no entanto, o presidente tem adotado gestos de moderação e de busca de diálogo com os chefes de Executivo estaduais.

Publicidade


Embora ainda reitere que ações excessivas de restrição de movimentação não devem ser adotadas, ele realizou videoconferências com governadores e lançou um pacote bilionário de ajuda aos entes subnacionais.


Segundo o governo, o conjunto de medidas soma mais de R$ 88 bilhões e inclui a suspensão do pagamento da dívida dos estados com a União e a manutenção de repasses do FPE (Fundo de Participação dos Estados) e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) nos níveis de 2019.


Apesar do pacote, governadores do Centro-Oeste e do Sul pediram nesta terça mais medidas a Bolsonaro para auxiliar no combate à pandemia. O argumento é que os estados vivem realidades diferentes e ações como o reforço do FPE e do FPM, embora importantes para o Norte e Nordeste, não contemplam as necessidades dos demais entes federados.

O presidente ainda deve realizar nesta semana uma teleconferência com os governadores do Sudeste.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade