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Mourão defende retorno 'lento, gradual e seguro' de atividades após pico

Fábio Pupo - Folhapress
03 abr 2020 às 08:09
- Valter Campanato/Agência Brasil
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O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), citou um bordão do fim do regime militar no Brasil para defender um processo de abertura "lento, gradual e seguro" das atividades após o pico da pandemia do coronavírus no país.

Na visão dele, é preciso que haja uma liberação paulatina das atividades não essenciais depois que a fase mais aguda da crise passar.

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"Vou usar uma expressão do tempo do presidente [Ernesto] Geisel. Esse processo terá que ser lento, gradual e seguro. De modo que pouco a pouco as atividades vão retornando", afirmou, em conversa com o jornalista Augusto Nunes, durante uma live promovida pelo banco BTG Pactual.

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O bordão citado por Mourão foi usado na gestão do presidente Ernesto Geisel, que governou o país de 1974 a 1979, durante a ditadura militar. Sob pressão política e econômica, Geisel buscou promover o que chamava de distensão "lenta, gradual e segura", um processo de abertura do regime marcado por solavancos e retrocessos.

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O atual vice-presidente defendeu a continuidade da politica de isolamento para atravessar o pico da doença, segundo ele previsto para ocorrer até o dia 25 de abril, e achatar a curva de contágio, de modo que o sistema de saúde dê conta da demanda.


"Ainda estamos naquele momento pré-pico. A avaliação é que temos que continuar com essa política do isolamento para atravessarmos esse mês de abril, e se espera que o pico da doença comece a ocorrer a partir do dia 20 ou 25 de abril, procurando o achatamento da curva", afirmou.

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"De modo que nosso sistema de saúde e a chegada dos insumos sendo comprados permitam que a gente supere esse momento."
Após o período atual, de maior restrição de atividades em grande parte do país, ele acredita ser possível que segmentos como bares e restaurantes voltem a funcionar de forma restrita (por exemplo, com limitação do número de mesas) até que haja uma liberação total no futuro.


Ao mesmo tempo, disse, a indústria poderia fazer testagem em massa de empregados para o retorno das atividades com segurança a partir do momento que o país atravessar o pico da doença.

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Mourão reconheceu que a velocidade de contágio no Brasil foi subestimada e chegou a dizer que a OMS (Organização Mundial da Saúde) demorou a classificar a situação como uma pandemia.


"Nosso país, assim como a maioria dos outros países do mundo, julgou num primeiro momento que esse vírus não teria a velocidade de propagação que apresentou", disse o vice-presidente.

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Quando lhe foi perguntado sobre o tom da imprensa na cobertura da crise, Mourão disse que ela tem o dever de informar, mas concordou com a visão expressa por Augusto Nunes –de que manchetes poderiam ser trabalhadas de outra forma, para que não haja o que chamou de "histeria". Ele não exemplificou, no entanto, que forma seria essa.


O vice acredita que as regiões de fronteira com Venezuela, Peru e Bolívia demandam cuidado pelo risco de contágio do novo coronavírus. No país governado por Nicolás Maduro, disse Mourão, há informações limitadas sobre o número de infectados.


Outro tema sendo monitorado por Mourão são os incêndios na Amazônia e a consequente pressão sobre o governo. Segundo ele, enquanto as atenções estão voltadas à doença, os crimes de desmatamento continuam acontecendo e em julho ou agosto os incêndios que chamaram atenção global no ano passado devem voltar a ocorrer.

"No presente momento, a Amazônia está em estação de chuvas e está ocorrendo algum tipo de desmatamento. Toda a atenção está voltada ao coronavírus e essa outra frente vai emergir em julho e agosto. Vai ser outra pressão em cima de nosso governo, então vamos atacar isso desse já", disse ele, mencionando que será criada uma força-tarefa interministerial voltada ao tema.


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