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Fuga de corrente: os perigos do choque elétrico

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
22 ago 2019 às 11:49
- iStock
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Segundo o Anuário Estatístico 2019 da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), tomando 2018 como base de estudo, 832 dos 1424 acidentes (59%) de origem elétrica, fatais e não fatais, foram causados por choques.


Ainda segundo o Anuário, mais de 600 pessoas perderam a vida em 2018 por conta de choques, sendo que, pelo terceiro ano consecutivo, a região Nordeste acumulou o maior número de ocorrências fatais (261), seguida pelo Sudeste (123), Sul (97), Centro-Oeste (73) e Norte (68). A maioria destas mortes ocorre em casas (168) e no contato com as redes aéreas de distribuição (172).

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Embora ninguém deseje voluntariamente receber um choque, os números evidenciam um grande descaso ou até desconhecimento de princípios da elétrica, causando um número considerável de mortes que poderiam ser evitadas.

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Impedir este acidente começa pela compreensão de como ele pode surgir. O choque em seres humanos é eletricamente entendido como fuga de corrente, mas o que isso significa?

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O que é


Imagine que uma casa, bem antiga, está com um vazamento. O encanamento não suportou o fluxo de água e seu rompimento faz a água jorrar abaixo do piso. Além das infiltrações e muitos outros problemas, o problema aumenta o consumo de uma água que sequer chegou a ser aproveitada pelo usuário.

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A ideia de fuga de corrente é similar à de um vazamento hidráulico. Ela ocorre, principalmente, quando o cabeamento de um imóvel ou de um equipamento perde o isolamento por conta de sobrecargas, causadas pelo mal dimensionamento ou uso inadequado.


Uma vez comprometido o isolamento, cria-se um fluxo indesejado e inesperado de corrente para além do circuito em que está instalando, causando uma fuga que se dá principalmente por meio de materiais condutores.

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"É o que acontece quando um cabo com isolamento comprometido de uma máquina de lavar, por exemplo, encosta na carcaça metálica e faz com que a pessoa leve um choque ao encostar nesta parte", explica Ricardo Martuchi, engenheiro de desenvolvimento de produtos da STECK Indústria Elétrica.


O próprio corpo humano, por ser composto em mais de 60% de água e ter órgãos sensíveis a estímulos elétricos, é um alvo em potencial de fugas de corrente na forma de choques.

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Também como os vazamentos, o fluxo extra de corrente elétrica gera um consumo adicional na conta de luz, o que pode ser ainda pior em tempos de bandeira tarifária aplicada pelas concessionárias.


"Uma instalação com fuga de corrente mantém o disco do medidor girando mesmo se todos os aparelhos e as luzes forem desligadas. Se ele continuar girando mesmo se a chave geral for desligada, é preciso acionar a concessionária de energia", explica Ricardo.

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Como evitar


Seja ao construir ou reformar, a melhor prevenção ao choque elétrico é sempre procurar o auxílio de profissionais capacitados. Boa parte dos acidentes vitimam os próprios moradores ou profissionais como pedreiros e pintores por imperícia nos procedimentos de dimensionamento, aplicação e manutenção.

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Segundo o "Raio-X das Instalações Elétricas", publicado em 2017 pela Abracopel em parceria com a Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre), 60% das moradias com idade média de 20 anos nunca haviam passado por uma reforma.


"Existe uma grave negligência às verificações periódicas nas instalações domésticas, o que poderia identificar cabos com isolamento comprometido e emendas mal executadas", alerta Ricardo.


A maneira mais eficaz de se identificar a fuga de corrente por meio do dispositivo Interruptor Diferencial Residual (IDR), instalado no quadro de energia e de uso obrigatório em áreas de risco determinadas pela ABNT NBR 5410 – norma que regula nacionalmente as instalações de baixa tensão.


O IDR garante, por exemplo, a proteção contra as correntes elétricas ocasionais que possam passar pelo corpo humano em caso de contatos diretos ou indiretos, interrompendo-as no maior tempo possível.


Existem diferentes modelos de IDR, mas guarde bem o de referência 30 mA. Esta é a intensidade de corrente máxima que o ser humano pode suportar. Quando o IDR identifica uma fuga acima do valor de monitoramento, ele desarma o circuito e evita o que poderia ser um choque fatal.

"Existe um enorme gap a ser preenchido nas instalações antigas, que não previam o uso do IDR à época. Existia uma preocupação em relação ao preço do dispositivo, que hoje não se justifica pela competividade e variedade de mercado. É um investimento que salva vidas", completa Ricardo.


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