Professores e funcionários da rede pública estadual se reuniram em assembleia na manhã de sábado (23) para definir os próximos passos da APP-Sindicato. Em decisão unânime, a categoria decidiu deflagrar greve a partir de 2 de dezembro. O objetivo dos professores e funcionários, segundo a APP-Sindicato, é lutar contra a reforma da previdência do governo Ratinho aprovado na CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) na última quarta-feira (20). No dia 3 de dezembro, um ato unificado contra a reforma será realizado.
O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, avalia que é necessária a mobilização da categoria. "A nossa assembleia aprovou a greve, superando as dificuldades de calendário. Esta é uma resposta para o governo Ratinho Jr., que não dialoga com a categoria e ainda encaminha uma PEC que acaba com nossas aposentadorias. É uma resposta também aos desmando da Secretaria de Estado da Educação e sua desorganização no processo de matrículas do ensino médio noturno, às condições de trabalho, as ameaças de piorar a distribuição de aula e também o ataque aos PSSs”.
Após o ato, os professores informam que será realizada uma assembleia para avaliar o movimento e deliberar os próximos passos. Além do ato, foi aprovado também uma vigília dos aposentados no dia 2 de dezembro, em frente a Catedral de Curitiba . "Essa vigília tem o papel de denunciar para a sociedade o ataque violento, a redução dos salários, cuja a média já são os mais baixos do serviço público, que são dos servidores aposentados”, destaca Leão.
Leia mais:
Genoma sugere que três povos deram origem aos habitantes do Japão
Concursos públicos da Prefeitura de Londrina recebem mais de 35 mil inscrições em três editais
Família de 'jovem gênio' de Londrina faz campanha para participação em olimpíada de matemática em Nova Iorque
Evento da UEL reúne grandes nomes femininos do jornalismo nesta quarta
Inclusão
Durante toda a assembleia, dois interpretes de libras fizeram a tradução da reunião para professores surdos. Essa iniciativa mostra a importância de valorizar a inclusão nestes espaços e incluir mais pessoas na luta.
A Professora Lindamir Alves de Oliveira participou da assembleia sendo uma das interpretes e destaca que a iniciativa é importante para que todos possam fazer parte da luta. "Nós temos professores surdos que estão se filiando a APP-Sindicato, entrando nesta luta contra todo este desgoverno e essas violências que a educação está sofrendo. Então é muito importante até pela lei da inclusão, de 2015 e através da língua de sinais estamos mobilizando todos os professores surdos”.