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Projeto TechNinas insere meninas no universo da robótica

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
24 out 2019 às 16:45
- COM/UEL
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O TechNinas é um projeto que pretende ensinar robótica para meninas. Foi criado no CTU (Centro de Tecnologia e Urbanismo) da UEL (Universidade Estadual de Londrina). A iniciativa atende 10 adolescentes da Escola Estadual Doutor Olavo Garcia Ferreira da Silva, localizada no Conjunto Habitacional Avelino Vieira, na zona oeste de Londrina.

De acordo com as coordenadoras do TechNinas, professoras Silva Galvão de Souza Cervantes e Maria Bernadete de Morais França, o objetivo é aproximar as meninas do universo da robótica e, ao mesmo tempo, incentivar o interesse delas por cursos de graduação das áreas de engenharia, computação e tecnologia.

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Os encontros do projeto são promovidos aos sábados, nas instalações da própria escola. Além de eletrônica e noções de robótica, também são ensinados jogos matemáticos, dinâmicas, programação - com instruções em inglês, atividades planejadas exclusivamente para as meninas. Elas inclusive usam plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre Arduino, além de sucatas.

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Além das 10 adolescentes, o TechNinas conta ainda com monitoras e alunas de cursos de graduação da universidade. "Elas também fazem pesquisas sobre jogos, brincadeiras e conteúdos para levar para aula, tudo isso aplicado a métodos de ensino direcionados exclusivamente a crianças e adolescentes", conta Silvia Galvão.

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O ensino da robótica em escolas de Londrina surgiu como resultado do projeto de extensão mais antigo, chamado Robolon, iniciado em 2007, no Colégio Estadual Vicente Rijo. Na época, segundo Silvia, os meninos eram maioria dentro do projeto, e as poucas meninas que compareciam não interagiam de maneira satisfatória, por vergonha ou falta de intimidade com os conteúdos abordados. Outra barreira, conforme cita a professora, eram as diferenças física e comportamental entre eles, resultado do período bem característico, a adolescência.


Com o objetivo de criar este espaço para meninas, surge em 2014 o projeto de extensão ROSABOT - Robótica Educacional para meninas e jovens. E mais uma vez, em função da pouca quantidade de meninas interessadas, o projeto agregou mais meninos. Em 2015, realizaram uma mostra de robótica com protótipos criados por meninas e meninos, e o projeto chegou ao fim.

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Portanto, o TechNinas é criado com a proposta de um ambiente exclusivo para o sexo feminino. O resultado é um ambiente propício para o desenvolvimento de habilidade intelectuais e técnicas, em que as meninas são estimuladas a expor as próprias ideias, ao mesmo tempo em colocam em prática os conteúdos aprendidos.


A estudante Vanessa dos Santos, de engenharia elétrica afirma que é enriquecedor e, ao mesmo tempo, um desafio simplificar o conteúdo ligado à tecnologia para ser ensinado às adolescentes. Por outro lado, a jovem conta ainda que o incômodo com a ausência das mulheres em seu curso também motivou a participação dela no projeto. Segundo ela, incentivar entre as meninas o gosto pela robótica e, consequentemente, pela tecnologia é uma das formas de contribuir para aumentar a presença feminina no setor.

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"Além de atuar diretamente com as meninas, o projeto é a chance de contribuir para que elas percebam que podem construir e fazer o que bem entendem. E elas têm capacidade para isso", afirma Vanessa. Ela acompanha de perto a aluna Habigayl Lima Andrade, do 6º ano do Ensino Fundamental, da Escola Estadual Doutor Olavo Garcia Ferreira da Silva.


As professoras lembram que no período de graduação, na década de 1990, o curso de Engenharia Elétrica registrava poucas mulheres. A situação era semelhante tanto na UNESP (Universidade Estadual Paulista), em Ilha Solteira, no interior de São Paulo, onde Silvia Galvão se graduou, quanto na UFPB (Universidade Federal da Paraíba), instituição em que Maria Bernadete cursou a graduação.


Na avaliação das professoras, o projeto TechNinas, além de reforçar conteúdos úteis para as alunas, também permite que, futuramente, mais mulheres ingressem no ensino superior e frequentem cursos que hoje, tradicionalmente, recebem mais homens. Outro entrave que contribui para a pequena presença das mulheres, segundo as professoras, é a falta de referências e modelos femininos representativos. No entanto, na avaliação das professoras, quando comparada a outras épocas, a situação está melhor.

Elas citam os exemplos de super-heroínas mulheres, como o filme da 'Mulher Maravilha', e também das bonecas da marca Barbie, que recentemente ganharam modelo de mulheres consideradas como inspiradoras, como a aviadora americana Amelia Earhart, também defensora dos direitos humanos das mulheres, a artista mexicana Frida Kahlo, além da física e cientista da NASA, Katherine Johnson. "As referências fazem as meninas sonharem e todas são capazes de fazer o que nem imaginavam", afirmam.


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