Uma pesquisa com pouco mais de 400 colégios particulares de São Paulo identificou que 13% deles registraram ao menos um caso confirmado de Covid-19 entre os alunos desde que reabriram.
O levantamento foi feito por entidades que representam o setor. O estado possui mais de 5.000 instituições de ensino privado na educação básica.
A pesquisa, realizada pela Abepar (Associação Brasileira de Escolas Particulares) e pelo Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado), mostrou que 27% das unidades registraram casos de contaminção entre os professores.
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Os diretores e donos de colégio avaliam que o levantamento indica que os protocolos sanitários adotados conseguiram conter a disseminação do vírus, mesmo quando houve casos positivos.
Segundo a pesquisa, 98% das unidades disseram que, após o primeiro caso confirmado, não tiveram contaminação para outras pessoas da classe e 44% afirmaram que o aluno ou o professor infectado relatou outros casos em casa.
"A pesquisa mostra que os protocolos estão dando certo, a escola não é um ambiente de alta contaminação porque as regras são seguidas. Casos vão acontecer, mas o importante é que os protocolos sejam rigorosos para evitar a disseminação e é isso o que conseguimos fazer até agora", disse Arthur Fonseca, diretor da Abepar e diretor da escola Uirapuru, em Sorocaba (SP).
Depois de quase 7 meses fechadas em todo o estado, as escolas foram autorizadas pelo governo de São Paulo a reabrirem a partir de julho. A liberação, no entanto, ainda depende dos municípios. Na capital, por exemplo, a retomada só foi permitida a partir de outubro.
A maioria das escolas (49%) retomou as atividades presenciais com alunos da educação infantil (dos 0 aos 5 anos), etapa em que houve maior dificuldade para o ensino remoto. A maior parte delas (62%) também optou por receber os alunos 5 vezes na semana.
Entre as instituições que tiveram casos positivos entre alunos, 6% disseram ter tido apenas um caso confirmado, 2% tiveram 2 casos e 5% mais de 3. Depois da confirmação, 45% afirmaram ter optado pela suspensão apenas do aluno infectado por 48 dias; 88% da classe toda e 17% de todas as atividades escolares.