O escritor e cartunista Nani, autor da tirinha Vereda Tropical, morreu nesta sexta-feira (8), aos 70 anos, em decorrência de complicações da Covid-19.
Segundo a sua viúva, Inez Lucas, ele ficou cerca de uma semana internado em um hospital em Belo Horizonte, mas tinha acabado de passar por três transplantes de fígado e não aguentou. Nani tomou as duas doses da vacina contra o coronavírus.
Nani era o nome artístico de Ernani Diniz Lucas. Mineiro de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte, iniciou a carreira na cidade na década de 1970, publicando charges no jornal O Diário. Logo depois, se mudou para o Rio de Janeiro, onde morava até o ano passado.
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O cartunista colaborou com alguns dos principais veículos de imprensa brasileiros, como o jornal O Globo e as revistas O Pasquim, Mad e piauí. Também atuou como escritor, roteirizando os programas de Chico Anysio "Chico Total" e "Escolinha do Professor Raimundo" e os humorísticos "Casseta e Planeta", "Sai de Barro" e "Zorra Total".
Uma de suas criações mais célebres foi a tirinha Vereda Tropical, publicada em vários jornais. O quadrinho satirizava o cotidiano político e social do país.
Cartunistas de sua época e de gerações mais jovens, como Adão e André Dahmer, lamentaram a sua morte nas redes sociais. "Obrigada por tanta graça que deixou pra gente", escreveu Laerte.
Além da mulher, Nani deixa dois filhos, Juliano e Danilo Silva Lucas, e uma neta.