Seguindo a tendência da sustentabilidade no Carnaval, pela qual foliões adotam confetes ecológicos, glitter comestível e penas sintéticas, a Globeleza deste ano está diferente. Dona do título há seis anos, Erika Moura, 27, veste fantasias feitas a partir de materiais reciclados e reutilizados, como acetato de garrafas pet, rolos de papel higiênico e latinhas.
Ver essa foto no InstagramPublicidadePublicidade
Leia mais:
Maringá-LondrinaVinicius, do BBB 24, sofre acidente e ajuda a tirar vítimas das ferragens na PR-444 em Arapongas
Segundo a esposaFaustão passa por tratamento intensivo após rejeição de órgão, diz família
Legends In TownTaís Araújo vai entrevistar Oprah Winfrey durante passagem da apresentadora pelo Brasil
AposentadoMichael J. Fox diz que voltaria a atuar com papel adaptado ao Parkinson
"Participar da vinheta deste ano foi ainda mais divertido. O figurino trazer essa conscientização do cuidado com o futuro e com o meio ambiente também me alegrou muito, já que fui professora de educação ambiental", conta.
De um tempo para cá, a Globo tenta reposicionar a Globeleza como um símbolo do Carnaval popular, distanciando a imagem de símbolo sexual representada por Valeria Valenssa nos anos 1990. Depois de aparecer com o corpo coberto apenas com tinta em 2015, Erika passou a receber figurinos com mais pano.
"Ser representante do Carnaval Globeleza é uma honra para mim, pela responsabilidade de levar o encantamento que essa festa cultural representa. Lido com naturalidade e com leveza. Tenho o samba na vida com muito carinho e faço o que amo, que é dançar. Nunca me senti objetificada. Nem durante a gravação nem pelo público."
Para ela, a remodelação da campanha vem ao encontro das transformações no próprio Carnaval brasileiro, seja nos blocos de rua, no sambódromo ou em festas. "A questão de respeito ao corpo da mulher e a discussão sobre sustentabilidade são muito importante e vêm ganhando voz. O Carnaval não é uma festa para objetificar a mulher, mas sim para conscientizar, contar histórias e enriquecer as pessoas com a cultura carnavalesca."
Na vinheta deste ano, inclusive, Erika aparece cercada de crianças, com figurinos mais cheios e fechados, que representam os diversos folclores do país, como os trajes tradicionais do maracatu, do afoxé, do frevo e do samba das escolas.
"A vinheta sempre teve seu conceito. Cada vinheta conta uma história, nunca vi apenas um corpo pintado. Os traços tinham um enredo e o mesmo acontece agora. Cada uma teve seu momento de representar lindamente o Carnaval Globeleza, não faço comparações", diz Erika.
Madrinha da campanha TV Digital, realizada pela emissora há cerca de três anos, ela pode ver de perto a diversidade cultural que hoje representa. "Foi bem legal, porque pude viajar pelo Brasil, levando informações para todos. Amo viajar e sempre que posso me programo com meu namorado para conhecer as maravilhas do nosso Brasil", conta.
Se depender dela, o posto de Globeleza estará em boas mãos por quantos anos forem precisos. "Espero que isso se estenda por mais tempo."