Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Desde dezembro

Justiça proíbe Marcius Melhem de citar nome de Dani Calabresa e mais quatro mulheres

Catia Seabra - Folhapress
12 fev 2024 às 17:15
- Reprodução/Instagram
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Justiça de São Paulo proibiu o comediante Marcius Melhem de citar, publicamente, o nome da humorista Dani Calabresa, bem como o das atrizes Carol Portes, Veronica Debom e Renata Ricci e de sua advogada Mayra Cotta.


Desde 13 de dezembro do ano passado, Melhem está proibido de mencionar as mulheres também pelos apelidos, nomes artísticos ou "outros códigos de referência", como o exemplo usado na decisão —"assediadas de Taubaté". A defesa do ator e diretor não se manifestou.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Pela decisão à que a reportagem teve acesso, Melhem está proibido de trazer a público "por si ou por intermédio de terceiros" qualquer tipo de mensagem, áudio, vídeo, email, imagens ou documentos que se refiram a elas "em lives, entrevistas, postagens, vídeos, áudios ou qualquer outro meio de publicação de conteúdo em mídias ou redes sociais".

Leia mais:

Imagem de destaque
Novo romance

Arthur Picoli e Ivy Moraes, ex-BBBs, assumem namoro

Imagem de destaque
Universos distintos

Marcelo Tas lembra infância caipira para falar sobre carreira e tecnologia

Imagem de destaque
Polêmica

Adriano Imperador afirma que são falsos os boatos de que teve um caso com Gracyanne e Belo

Imagem de destaque
Fraude

INSS corta aposentadoria de Fernanda Montenegro por falta de prova de vida


Réu sob acusação de assédio sexual contra três mulheres, o ex-diretor de humor da Globo também não pode mencionar o conteúdo dos processos ou investigações de que é alvo, inclusive esta vedação. Do contrário, terá de pagar multa de R$ 50 mil.

Publicidade


Em março do ano passado, Melhem abriu um canal no YouTube, hoje com 103 mil inscritos, para apresentação de sua defesa. Ele alega só ter criado a página no site depois que as denunciantes concederam entrevista sobre o caso ao Metrópoles.


No dia 11 de abril de 2023, as denunciantes participaram de uma reunião virtual com o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, sobre o caso. A audiência foi acompanhada pelo núcleo de atendimento a vítimas do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Publicidade


"No caso, as vítimas quiseram ser ouvidas pelo PGJ, para reportar o sofrimento que passam com o longo curso do inquérito", informou o Ministério Público, à época, acrescentando ter priorizado o caso a partir desse encontro.


Menos de um mês depois dessa audiência, no entanto, a advogada Mayra Cotta solicitou atendimento ao Ministério Público de São Paulo, num email encaminhado à promotora Silvia Chakian.

Publicidade


Coordenadora do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência do Ministério Público de São Paulo, Chakian ouviu oito mulheres, sendo quatro residentes em São Paulo e quatro no Rio de Janeiro.


Após as oitivas, a promotora, que, em 2022, havia participado de um almoço em solidariedade a Cotta, determinou o encaminhamento dos depoimentos das residentes no Rio para o Ministério Público do Rio de Janeiro, mantendo as demais em São Paulo.

Publicidade


Em agosto do ano passado, Melhem passou a ser investigado por suposta prática de violência psicológica e perseguição contra suas acusadoras em suas publicações nas redes sociais e em entrevistas.


Essa investigação foi aberta pelo Ministério Público de São Paulo, embora o processo criminal contra Melhem tramite na comarca do Rio de Janeiro, o que, à época, foi contestado sem sucesso pela defesa de Melhem.

Publicidade


Foi a promotoria de São Paulo que pediu a aplicação de medidas cautelares para que Melhem não possa falar publicamente sobre o caso.


Trechos de depoimentos das atrizes foram usados para sustentar a proibição. Ao depor, Dani Calabresa afirmou, por exemplo, que está exausta de tanto sofrimento e não aguenta mais viver com medo. Disse também que sua vida virou um inferno após a denúncia.

Publicidade


Em sua decisão, a juíza Arielle Escandolhero Martinho afirmou que Melhem faz um exercício abusivo do direito à autodefesa e da liberdade de expressão.


Quando procurada por intermédio da assessoria do Tribunal de Justiça de São Paulo, "a magistrada informou que o caso está sob sigilo e que quaisquer respostas às perguntas formuladas violariam o sigilo decretado nos autos".


Já o Ministério Público de São Paulo, ao ser questionado sobre a abertura de uma investigação paralela no estado, afirma que o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência "está aberto a ouvir toda e qualquer vítima que demande esse serviço especializado do Ministério Público".


Sobre o fato de Silvia Chakian já ter participado de um almoço em apoio à advogada das atrizes, além de ter repostado publicações sobre o caso, o Ministério Público afirma que a promotora "jamais oficiou neste procedimento investigatório, que é de responsabilidade do promotor natural do caso e tramita sob sigilo", acrescentando que "por essa razão, a instituição não tecerá qualquer comentário".

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade