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Em entrevista

Woody Allen, 85, afirma que gostaria de reencontrar os filhos

Folhapress
09 fev 2021 às 16:03
- Divulgação
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Apesar de acreditar que o reencontro não vai acontecer, Woody Allen, 85, gostaria de rever os filhos Dylan e Ronan Farrow, afastados do pai há mais de duas décadas devido às acusações de abuso do cineasta contra a filha adotiva.


A revelação foi feita na estreia da temporada 2021 do programa Conversa com Bial (Globo) na madrugada desta terça-feira (9).

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O cineasta, roteirista e escritor norte-americano foi o primeiro convidado de uma lista de entrevistados que conta também com Susana Vieira, 78, e Gal Gosta, 75.

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"Estou aberto a encontrar com eles, ficaria feliz", disse sobre os filhos.

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O cineasta afirmou que não reconheceria a filha, que não vê há 25 anos. Sobre Ronan, único filho biológico dele com Mia Farrow, relatou estar distante há 20 anos e ver apenas por fotos.


Bial fez um resumo sobre as acusações contra o cineasta, casado desde 1997 com Soon-Yi, filha adotiva de sua ex-mulher, antes de fazer as perguntas mais espinhosas da entrevista.

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O jornalista ressaltou que Allen foi alvo de duas investigações rigorosas e independentes e essas concluíram que não houve abuso por parte dele contra a filha.


No entanto, as consequências do episódio incluem atores arrependidos de terem trabalhado com o cineasta, outros dizendo que não aceitariam ser dirigidos por Allen e a decisão da editora Hachette, em 2020, de não publicar a autobiografia dele após protestos de seus funcionários contra o lançamento. O livro saiu nos Estados Unidos pela independente Arcade.

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Para Allen, quem o boicota está cometendo um erro.


"Eles têm a impressão errada, é o que posso dizer".

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Ao comentar sobre o #MeToo, ele disse que o movimento feminista fez bem para as mulheres, mas afirmou que elas precisam ter mais cuidado e certeza sobre os seus alvos.


O jornalista Ronan Farrow, o filho que ficou ao lado da irmã no episódio das acusações de abuso, é responsável por publicar uma série de casos famosos de abusos, entre eles o de Harvey Weinsten.

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Apresentado como alguém que transforma suas dores e fobias em arte, Allen começou a entrevista com um sutil bom humor ao responder aos agradecimentos de Bial.


"Não estou fazendo nada há dez meses", disse, referindo-se à pandemia.

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O coronavírus, aliás, não foi para o cineasta o "grande baque" que ele aguarda há anos, em uma expectativa angustiada que o deixa sempre tenso e sem a possibilidade de relaxar.


Allen contou que seguiu as recomendações da ciência e não foi diretamente afetado pelo vírus. Ele inclusive já tomou a primeira dose da vacina.


"É um pesadelo, mas não é o baque que espero a qualquer minuto", resumiu.


Não escapou, no entanto, de ter a rotina em Nova York afetada pela necessidade de distanciamento social. Para ele, é terrível ver as lojas e restaurantes fechados na cidade retratada com fascínio em seus filmes ao longo dos anos.


Outra cidade, Rio de Janeiro, fez parte da conversa porque em 2013, em seu primeiro mandato na prefeitura, Eduardo Paes (DEM) afirmou que pagaria para ter o cenário carioca em um filme de Allen.


O cineasta repetiu o que disse na época: caso tivesse uma boa ideia, filmaria na cidade. Sem conhecer o Rio, ele tem na cabeça a imagem de um lugar charmoso e musical como nos filmes de Carmen Miranda.


Allen, aliás, é fã de Machado de Assis. Ele lembrou na entrevista que passou a admirar o escritor brasileiro após ganhar o livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de uma desconhecida.


"Aquela moça me fez um grande favor".


O lendário pessimismo do artista também marcou presença na conversa ao Allen reforçar sua visão sobre a falta de sentido da vida, apesar de muitos o procurarem na arte, na família e na religião.


"É um mau negócio e o desfecho será terrível", concluiu.


Esse pessimismo, no entanto, não faz com que ele tenha medo do "trumpismo" como algo que seguirá nos Estados Unidos mesmo após a saída do ex-presidente Donald Trump da Casa Branca.


O cineasta, que conheceu Trump como uma celebridadade que gostava de jogar golpe e de aparecer ao lado de mulheres bonitas, ficou surpreso com a decisão do empresário e apresentador de TV de disputar a presidência.


Para ele, agora Trump vai "seguir em frente" e foi um fenômeno passageiro.


A entrevista foi encerrada com uma rodada de comentários sobre as traduções, nem sempre felizes, dos títulos de filmes dele no Brasil.


Virou assunto nas redes sociais a expressão de Allen ao ouvir Bial falar sobre a tradução de "Annie Hall", de 1977: "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa".

"É um título terrível", disse, entre desapontado e conformado.


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