Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Saiba mais

Louise Glück, poeta americana, surpreende e fatura prêmio Nobel de Literatura

Walter Porto - Folhapress
08 out 2020 às 09:37
- Reprodução/Instagram
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Academia Sueca anunciou que poeta americana Louise Glück foi a vencedora do prêmio Nobel de literatura deste ano, numa escolha surpreendente de um nome pouco cotado nas apostas para o troféu.


A escritora de 77 anos, professora da Universidade Yale, nos Estados Unidos, já venceu prêmios importantes em seu país, como o Pulitzer, o National Book Award e a Medalha Nacional de Humanidades.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O comitê do Nobel apontou que Glück levou o prêmio por sua "voz poética inconfundível que, com beleza austera, torna universal a existência individual".

Leia mais:

Imagem de destaque
Enfezado Nunca Mais

Caravana do cocô vai levar história de estados brasileiros por meio da saúde intestinal

Imagem de destaque
Falência múltipla dos órgãos

Morre Ziraldo, criador do 'Menino Maluquinho' e mestre da literatura infantil, aos 91

Imagem de destaque
Autora renomada

Catadora de papel e escritora, Carolina de Jesus faria 110 anos

Imagem de destaque
Pesquisa feita por 23 instituições

Combate à fome no Brasil precisa de apoio urgente da ciência, alerta ABC


Não há livros de Glück disponíveis no Brasil em tradução para o português.

Publicidade


Ver essa foto no Instagram

BREAKING NEWS The 2020 Nobel Prize in Literature is awarded to the American poet Louise Glück "for her unmistakable poetic voice that with austere beauty makes individual existence universal.” Louise Glück was born 1943 in New York and lives in Cambridge, Massachusetts. Apart from her writing she is a professor of English at Yale University, New Haven, Connecticut. She made her debut in 1968 with ‘Firstborn’, and was soon acclaimed as one of the most prominent poets in American contemporary literature. She has received several prestigious awards, among them the Pulitzer Prize (1993) and the National Book Award (2014). Louise Glück has published twelve collections of poetry and some volumes of essays on poetry. All are characterized by a striving for clarity. Childhood and family life, the close relationship with parents and siblings, is a thematic that has remained central with her. In her poems, the self listens for what is left of its dreams and delusions, and nobody can be harder than she in confronting the illusions of the self. But even if Glück would never deny the significance of the autobiographical background, she is not to be regarded as a confessional poet. Glück seeks the universal, and in this she takes inspiration from myths and classical motifs, present in most of her works. The voices of Dido, Persephone and Eurydice – the abandoned, the punished, the betrayed – are masks for a self in transformation, as personal as it is universally valid. With collections like ‘The Triumph of Achilles’ (1985) and ‘Ararat’ (1990) Glück found a growing audience in USA and abroad. In ‘Ararat’ three characteristics unite to subsequently recur in her writing: the topic of family life; austere intelligence; and a refined sense of composition that marks the book as a whole. Glück has also pointed out that in these poems she realized how to employ ordinary diction in her poetry. The deceptively natural tone is striking. We encounter almost brutally straightforward images of painful family relations. It is candid and uncompromising, with no trace of poetic ornament. For more information see link in bio. #NobelPrize #NobelPrize2020 #literature #poetry #poet

Uma publicação compartilhada por Nobel Prize (@nobelprize_org) em

Publicidade


A escolha parece sinalizar uma pacificação após os anos mais tumultuados da história da premiação.


Em 2017, um escândalo fez tremerem as bases do comitê do Nobel e cancelou a entrega do prêmio no ano seguinte -foi a primeira vez que isso aconteceu por um motivo que não fosse uma guerra.

Publicidade


O pivô foi o fotógrafo Jean-Claude Arnault, condenado à prisão pelo crime de abuso após 18 mulheres o acusarem numa reportagem do jornal sueco Dagens Nyheter. Ele administrava com a esposa, a poeta Katarina Frostenson, membro da Academia Sueca, uma fundação cultural que recebia dinheiro da própria instituição.


O mesmo jornal fez a denúncia de que Arnault vazara informações sobre o vencedor do Nobel de literatura sete vezes em 20 anos. Vários integrantes da Academia se desligaram da instituição após a crise, incluindo Frostenson, levando à suspensão do prêmio por um ano.

Publicidade


Na cerimônia do ano passado, já com a adição de novos membros, o Nobel fez uma escolha que soou como provocação aos críticos.


Junto com Olga Tokarczuk, autora polonesa a quem foi concedido o troféu atrasado de 2018, anunciaram o nome de Peter Handke, escritor austríaco acusado de racismo e com notório posicionamento de negação do genocídio na Bósnia.

Publicidade


A Academia Sueca, fundada há 232 anos pelo rei da Suécia para proteger o idioma nacional, seleciona o vencedor do Nobel de literatura desde 1901. Outras instituições escandinavas selecionam os outros prêmios Nobel.


Dos 117 escritores escolhidos até hoje, apenas 16 foram mulheres, incluindo Glück. A única negra a vencer foi a americana Toni Morrison, morta no ano passado. O único homem negro premiado foi o nigeriano Wole Soyinka, em 1986.


O eurocentrismo também sempre marcou o Nobel de literatura e perdura ainda hoje. A maioria dos premiados da última década veio do continente europeu.

A França lidera a lista de nacionalidades, com 11 premiados, seguida pelos Estados Unidos, com dez. O último deles havia sido Bob Dylan, em 2016, outra das mais polêmicas escolhas do comitê sueco –já que o cantor e compositor é mais conhecido por suas músicas que pela autoria de livros.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade