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Corinthians, Mirassol e Ponte escrevem roteiro improvável no Paulista

Bruno Rodrigues - Folhapress
01 ago 2020 às 18:18
- Pixabay
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Durante os quatro meses em que o Campeonato Paulista ficou paralisado por causa da pandemia, a Ponte Preta conviveu com a angústia de estar ameaçada de rebaixamento. O Mirassol se desfez de 18 jogadores no período. O Corinthians entrou na pausa muito pressionado e com risco de eliminação precoce.


Apesar das transformações nos elencos e da situação peculiar da competição, disputada sem torcida e com os times do interior atuando apenas na região metropolitana de São Paulo, o retorno ofereceu a esses três semifinalistas a oportunidade de ressurreição.

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O duelo que melhor simboliza essa mudança de paradigma é o que acontece neste domingo (2), em Itaquera. Corinthians e Mirassol se enfrentam no estádio alvinegro, às 16h, com transmissão da Globo.

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Até a parada do Paulista, em março, o técnico do time do Parque São Jorge, Tiago Nunes, era bastante questionado em razão do início ruim de temporada.

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Além da diferença de cinco pontos para o Guarani no Grupo D do Estadual, a equipe já havia sido eliminada da Copa Libertadores pelo Guaraní (PAR), ainda na segunda fase do torneio continental.


A volta aos campos, porém, mudou de forma significativa o astral corintiano. Os alvinegros venceram o clássico contra o Palmeiras e, contando com a ajuda do São Paulo, que bateu o Guarani, conseguiram a classificação ao mata-mata após superar o Oeste na última rodada da fase de grupos.

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Na última quinta-feira (30), diante do time de melhor campanha no Paulista, o Corinthians abriu o placar com apenas 23 segundos de jogo e começou a construir o triunfo sobre o Red Bull Bragantino. No segundo tempo, o atacante Jô, de volta ao clube para sua terceira passagem, completou a vitória por 2 a 0.


A chegada do centroavante de 33 anos, artilheiro na conquista do Campeonato Brasileiro de 2017, anima os torcedores e dá a Tiago Nunes uma boa opção para o ataque pensando não só na reta final do Paulista, mas também na continuidade da temporada.

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O Corinthians também busca o tetracampeonato consecutivo no Estadual, feito inédito para o clube e que não acontece no torneio desde 1919, quando o futebol ainda era amador.


Seu adversário encarou durante a paralisação uma situação mais dramática. Em razão do adiamento da competição, o Mirassol se desfez de 18 jogadores -17 por encerramento de contrato e um por lesão–, 8 deles titulares.

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Herói da classificação da equipe à semi, Zé Roberto, autor de dois gols na vitória por 3 a 2 sobre o São Paulo, foi inscrito no Campeonato Paulista na véspera do confronto pelas quartas de final.


O clube também passou a arcar com gastos que não estavam no planejamento para a temporada. Por conta das restrições impostas pelo governo do estado, o Mirassol, assim como a Ponte Preta, precisou se transferir para a região metropolitana da capital.

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A Federação Paulista de Futebol ajuda os times do interior com o custeio da locomoção até sua "nova casa" e a hospedagem da concentração pré-jogo. Mas se o clube opta por ficar mais tempo em um hotel, como é o caso do Mirassol, hospedado em Santo André, esses gastos são de responsabilidade dele.


Antes mesmo de eliminar o São Paulo, o presidente da equipe, Edson Ermenegildo, dizia que a ausência de torcida nos estádios seria mais prejudicial aos grandes do que aos pequenos. Diante do Corinthians, o time será novamente visitante, e sonha com uma vaga na final em uma campanha que já é histórica.

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Pela primeira vez desde 2014, o Campeonato Paulista tem dois clubes fora do quarteto dos grandes entre os quatro melhores da competição. Naquela ocasião, inclusive, um dos "intrusos", o Ituano, se sagrou campeão.


Ao lado do Mirassol, o outro "intruso" da vez é a Ponte Preta, que eliminou o Santos na Vila Belmiro e enfrenta neste domingo, às 19h, o Palmeiras, no Allianz Parque.


O time de Campinas entrou na paralisação do torneio com apenas 7 pontos no Grupo A e na lanterna da classificação geral. Com duas vitórias, diante de Novorizontino e Mirassol, livrou o risco de queda à Série A-2 e ainda se classificou para o mata-mata –enquanto seu rival Guarani perdia uma vaga bem encaminhada.


Contra o Santos, saiu atrás no placar, mas se aproveitou da expulsão de Marinho ainda no primeiro tempo e, com vantagem numérica, conseguiu a virada. O gol de empate da Ponte Preta chegou com Bruno Rodrigues, um dos símbolos da retomada pontepretana, que marcou nos dois últimos jogos da fase de grupos e deixou o seu também na Vila Belmiro.


"Estamos com o ânimo renovado. Nossa equipe é aguerrida, guerreira. Essa instituição é centenária, não perde por antecipação", disse o técnico João Brigatti após o triunfo na última quinta (30).


A Ponte foi o último clube do interior paulista a chegar entre os quatro melhores em uma edição de Campeonato Paulista. Em 2017, após superar o Santos nas quartas de final, venceu o Palmeiras na semi e fez a decisão com o Corinthians, ficando com o vice-campeonato.


Dos semifinalistas da competição, o Palmeiras foi o único que não precisou de uma campanha de recuperação para conseguir um lugar no mata-mata.


Por outro lado, enfrenta uma cobrança dos torcedores por um rendimento melhor do time comandado por Vanderlei Luxemburgo, especialmente com a derrota para o Corinthians na retomada do Paulista.


Depois do São Paulo, o Palmeiras é o grande que amarga o maior jejum sem conquistas do Estadual, que não vence desde 2008. Nas duas últimas decisões que disputou, em 2015 e 2018, foi derrotado por Santos e Corinthians, respectivamente.


Luxemburgo ainda tenta encontrar o time ideal após a saída do ídolo Dudu, emprestado por um ano ao Al Duhail, do Qatar, depois de ser acusado de agressão pela ex-esposa.


A boa notícia para o treinador foi o retorno do zagueiro paraguaio Gustavo Gómez, que não havia sido inscrito nos jogos finais da fase de grupos em razão de pendências na renovação contratual com o Palmeiras.


CORINTHIANS
Cássio; Fagner, Gil, Danilo Avelar e Carlos; Gabriel, Éderson e Luan; Ramiro, Jô e Mateus Vital (Everaldo). Técnico: Thiago Nunes


MIRASSOL
Kewin; Daniel Borges, Danilo Boza, Reniê e Moraes; Alison Silva, Du e Kauan; Juninho, Zé Roberto e Bruno Mota. Técnico: Ricardo Catalá

Estádio: Itaquerão, São Paulo (SP)
Horário: 16h deste domingo
Árbitro: Árbitro: Vinícius Gonçalves Dias Araújo


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