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Entenda as novas regras para estrangeiros e grama sintética no Campeonato Brasileiro

Folhapress
07 mar 2024 às 13:30
- Marcelo Cortes/CRF
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Anunciado nesta terça-feira (6) como uma das novidades do regulamento para o Campeonato Brasileiro 2024, o aumento no número de jogadores estrangeiros que podem ser utilizados por partida é visto pelos clubes como uma forma de minimizar o impacto causado pela saída precoce de atletas brasileiros para o exterior.

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A medida foi aprovada por unanimidade pelos clubes durante o Conselho Técnico da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A partir da edição deste ano do Nacional, nove jogadores de fora do país podem ser usados por cada equipe em cada jogo. Até 2023, o limite era cinco por partida.

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"Os jogadores brasileiros saem muito jovens para o exterior, o que faz com que a gente acabe perdendo muito talento. Os sul-americanos, que são os principais estrangeiros que estão no Brasil, podem vir e repor essas perdas", comenta o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch.


Apesar do apoio dos clubes, a Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) levou à CBF um estudo que apontou mais de 140 estrangeiros nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro e usou os dados para se mostrar contra o novo aumento.

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Antes da nova resolução, os clubes já podiam contratar mais de nove jogadores estrangeiros, porém há um limite no número de atletas que podem ser relacionados para cada partida, que agora será de nove.


GRAMA SINTÉTICA

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Os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro também aprovaram uma mudança em relação ao uso de gramados sintéticos. Agora, os times que utilizam esse tipo de campo são obrigados a liberar seus estádios para as equipes visitantes caso elas queiram realizar um treino no local um dia antes dos jogos.


Por enquanto, a medida vale apenas para o Campeonato Brasileiro e não para outras competições da CBF, como a Copa do Brasil, por exemplo.

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Durante a votação, o Botafogo chegou a se manifestar contrário a medida, mas, quando o placar terminou com 19 a 1, o time carioca resolveu mudar de ideia para a decisão ser por unanimidade.
A decisão, porém, é válida apenas para a temporada 2024. Para as próximas edições, um novo debate será feito pelos clubes. Ainda há muita divergência, sobretudo relacionada à possibilidade desse tipo de gramado oferecer um maior risco de lesões para os atletas.


De acordo com Flávia Magalhães, médica que atua há mais de 20 anos no esporte, com trabalhos realizados para CBF, Conmebol e clubes como Atlético-MG, "não há consenso na literatura científica sobre o maior número de lesões em grama sintética do que em grama natural".

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Segundo ela, "variáveis independentes, como tipo de calçado, clima, esportes de contato ou sem contato e desgaste do campo dificultam um estudo primoroso, com dados elegíveis para a ciência".


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Flávia afirma, ainda, que "as gramas artificiais começaram a ser introduzidas no esporte em 1960 e, desde então, há grande evolução nos materiais produzidos no que diz respeito à durabilidade e à versatilidade dos pisos. Há uma discrepância entre a percepção de lesões pelos jogadores e a comprovação científica".

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Além da reclamação dos atletas, alguns clubes dizem que esse tipo de gramado desequilibra a disputa do campeonato. "Eu acho que o gramado sintético deveria ser proibido no Brasil o mais rápido possível, é uma vantagem competitiva enorme para quem utiliza esse campo mandando seus jogos", diz o presidente do Cuiabá.


"É verdade que no Brasil existe uma dificuldade em melhorar os gramados naturais, mas não é algo difícil de se fazer. Na Arena Pantanal, por exemplo, o Cuiabá triplicou o investimento no gramado justamente para deixar o campo em ótimas condições", acrescentou Cristiano Dresch.


MUDANÇAS NO VAR


A CBF também anunciou que, durante os jogos do Campeonato Brasileiro, os árbitros passarão a explicar suas decisões tomadas a partir das análises feitas pelo VAR (árbitro de vídeo).


Os anúncios serão feitos pelo microfone já usados pelos árbitros de campo. A medida foi aprovada pela Fifa, que também já utilizou o recurso em competições organizadas pela entidade máxima do futebol.


No Brasil, a novidade foi testada recentemente na final da Supercopa feminina, quando o Corinthians levou o título ao vencer o Cruzeiro na decisão, por 1 a 0, em fevereiro.


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