A organização não governamental Aliança LGBT+, à qual pertence o ativista Agripino Magalhães, prepara um dossiê com todos os patrocinadores de Neymar e irá cobrar deles publicamente um posicionamento sobre o áudio vazado em que o jogador e alguns amigos proferem ofensas homofóbicas contra Tiago Ramos, então namorado de sua mãe, Nadine Gonçalves.
Nas conversas, Neymar e alguns de seus amigos utilizam o termo "viadinho" para se referir ao modelo, e um deles chega a falar em assustá-lo ou até matá-lo inserindo um cabo de vassoura em seu ânus. O estafe do atleta, que está na França retomando as atividades com o PSG, não se manifestou sobre o áudio.
O plano da ONG é mapear e reunir os principais patrocinadores do camisa 10 da seleção brasileira e pressioná-los publicamente para que se posicionem em relação ao conteúdo do áudio. Na visão de Magalhães, que prepara a ação, Neymar influenciou milhões de seguidores com as ofensas e pode ter incitado discurso de ódio e agressividade contra a população LGBTQI+.
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Além de fazer a cobrança aos patrocinadores, o ativista também é autor de uma denúncia ao Ministério Público na qual pede que o jogador e seus amigos sejam processados criminalmente por homofobia e arquem com uma indenização de até R$ 10 milhões. Magalhães chegou a solicitar que o avião particular da família de Neymar fosse bloqueado e que ele fosse forçado a voltar da França, mas os pedidos foram rejeitados.
Em uma primeira análise, o Ministério Público rejeitou a denúncia, tendo como principal argumento o fato de que caberia ao próprio Tiago Ramos uma iniciativa de responsabilizar Neymar e seus amigos pelas declarações. Magalhães e seu advogado entraram nesta terça (23) com um pedido de reconsideração.
Procurado pela reportagem, o estafe de Neymar disse que ele não irá comentar o assunto.