Pesquisar

Canais

Serviços

Arquirrivais

Palmeiras e Corinthians farão duelo clássico nesta segunda-feira

Marcos Guedes - Folhapress
18 jan 2021 às 14:35
- Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Publicidade
Publicidade


Palmeiras e Corinthians farão neste dia 18 um raro clássico de segunda-feira. A partir das 19h, os arquirrivais vão duelar no Allianz Parque, com transmissão do Premiere, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro.

Faz muito tempo que os tradicionais adversários não se encontram às segundas.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Em quase 104 anos de história, apenas 4 das 366 edições do dérbi foram jogadas nesse dia. A última ocorreu em 1966, há mais de meio século, e teve Garrincha com a camisa do Corinthians.

Leia mais:

Imagem de destaque
Série A

Brasileirão 2024 terá 134 estrangeiros; veja os números por país

Imagem de destaque
Palmeiras

Raphael Veiga cita aprendizado com Kaká e muda em campo para ser mais decisivo

Imagem de destaque
Indefinido

Paulinho surpreende e ganha sobrevida no Corinthians, mas não sabe do futuro

Imagem de destaque
Morelos

Santos pode usar caso de Lucas Lima para negociar jogador de maior salário


O Palmeiras venceu aquele embate, com pênalti perdido pelo Mané, e tem vantagem no retrospecto de segunda. São duas vitórias e dois empates, embora um desses empates seja considerado marcante para os alvinegros, conhecido como "o jogo do osso".

Publicidade


O confronto se deu em 13 de maio de 1918, quando tomava forma a umbilical rivalidade entre o Corinthians e o então Palestra Itália. O começo dessa disputa foi favorável ao Palestra, que conseguiu três triunfos e um empate nos quatro primeiros combates.


Então, antes do quinto, válido por um Campeonato Paulista que seria vencido pelo Paulistano, a vidraça da pensão onde almoçavam os corintianos foi quebrada por um osso de boi. A peça coletada no chão do refeitório tinha frase provocativa: "O Corinthians é canja para o Palestra".

Publicidade


Não foi. A batalha, muito dura, terminou empatada por 3 a 3. Caetano, Picagli e Heitor marcaram para o Palestra no campo da Floresta, perto de onde hoje fica a ponte das Bandeiras, às margens do rio Tietê. Neco, duas vezes, e Basílio balançaram a rede pela equipe do Bom Retiro.


Não era o resultado buscado pelos alvinegros, mas virou um símbolo. O velho osso está até hoje no memorial do clube, que se mudou do Bom Retiro para o Tatuapé, com uma inscrição adicional: "Este osso era para a canja, mas não cozinhou por ser duro demais".

Publicidade


Os arquirrivais voltaram a se encontrar em uma segunda-feira em 7 de setembro de 1931. Era um amistoso no Parque Antarctica, cuja renda seria revertida a uma reforma no próprio campo, onde atualmente está o Allianz.


O problema foi a chuva que castigou São Paulo naquele dia e limitou o público. Em um "lamaçal", como descreveu a Folha da Manhã, os donos da casa contaram com gols de Romeu Pellicciari e Heitor para fazer 2 a 0 no desfigurado rival, que acabara de perder jogadores para o futebol italiano e escalava vários reservas.

Publicidade


"O numero de faltas, proveniente dos continuos escorregões levados pelos jogadores, attingiu uma somma bastante elevada", relatou o jornal, com o português da época.


Trinta anos depois, o Palestra já era Palmeiras e voltou a encontrar o Corinthians em uma segunda. Foi em 3 de abril de 1961, válido pelo Rio-São Paulo, conquistado pelo Flamengo naquela edição.

Publicidade


Diante de 62.584, os arquirrivais empataram por 3 a 3 no Pacaembu. O Corinthians esteve à frente duas vezes, com gols de Rafael, Miranda e Neves, mas o Palmeiras buscou o empate com duas bolas colocadas na rede por Gildo e uma guardada por Zeola, aos 44 minutos da etapa final.


"Embora não primasse por elevada tecnica, o jogo teve excelente movimentação e lances empolgantes, seis dos quais redundaram em gols que deram um empate aos dois clubes, classificando-os para o segundo turno", narrou a Folha na ocasião.

Publicidade


Ainda naquela década, em 1966, os times duelaram pela última vez em uma segunda, em nova partida pelo Rio-São Paulo. Era uma época na qual a agremiação preta e branca investia para encerrar o longo jejum de títulos iniciado após o Paulista de 1954 –que só seria encerrado em 1977.


O presidente Wadih Helu buscou o atacante Garrincha no Botafogo. Chegaram da Portuguesa o zagueiro Ditão e o meia Nair. Pintava um "timão", como foi chamada a equipe pelo jornal A Gazeta Esportiva, e o apelido pegou, ainda que não tenham correspondido à alta expectativa.


Em 21 de março, no Pacaembu, o Corinthians acabou perdendo por 2 a 1 para o Palmeiras. Rinaldo abriu o placar para os alviverdes, de pênalti, e o centroavante Flávio igualou ainda no primeiro tempo, completando de cabeça escanteio batido pelo Mané.


Servílio, mesmo em um ângulo desfavorável, anotou o gol que definiu o jogo. Poderia ter sido diferente o resultado, porém Garrincha acabou desperdiçando uma penalidade que acabou nas mãos do arqueiro alviverde.


Apesar da derrota, o Corinthians acabou ficando entre os líderes daquele Rio-São Paulo, ao fim da disputa em pontos corridos. Com 11 pontos, dividiu a ponta com Botafogo, Santos e Vasco e foi listado como campeão.


O regulamento previa partidas extras para o desempate, mas a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo tornou impossível a conclusão do torneio, por falta de datas. Os quatro primeiros foram declarados vencedores, embora nenhum corintiano tenha tido a coragem de se declarar livre do jejum.


Quase 55 anos depois, Palmeiras e Corinthians voltarão a medir forças em uma segunda, pelo Brasileiro. O duelo ocorrerá nesse dia da semana por causa de um arranjo no calendário dos alviverdes, finalistas da Libertadores e da Copa do Brasil.


O cronograma está apertado pela pandemia do novo coronavírus, que paralisou as competições de 2020 por quatro meses e fez com que elas se estendessem até 2021. Na última terça (12), a equipe de Abel Ferreira enfrentou o River Plate pela Libertadores. Na sexta (15), empatou com o Grêmio pelo Brasileiro.

O Corinthians vive franca ascensão no Nacional, com quatro vitórias seguidas. O plano agora é mostrar que "não é canja para o Palestra", dar sequência a seu ótimo momento e, enfim, bater o rival em uma segunda-feira.


Publicidade
Publicidade

Continue lendo

Últimas notícias

Publicidade