Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
É grave!

Leishmaniose: entenda a doença que avança no país e pode acometer os cachorros

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
25 out 2019 às 09:39
- Reprodução/Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Você já ouviu falar em leishmaniose visceral? A doença, também conhecida em algumas regiões como calazar, pode levar à morte quando não diagnosticada e tratada a tempo. Causada por um parasita, a leishmaniose é transmitida ao humano por meio da picada de mosquitos, sendo ainda pouco conhecida em grandes centros urbanos, mesmo com o seu avanço em diversas regiões do país. Segundo o levantamento feito pelo Ministério da Saúde em 2017, a doença tem expandido significativamente no Nordeste e no Sudeste brasileiro, o que exige a adoção de medidas de prevenção e atenção aos seus sinais.

De evolução crônica, a leishmaniose visceral quando não tratada pode levar a óbito até 90% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde. A sua transmissão se dá a partir da picada do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis) infectado pelo protozoário Leishmania chagasi. Nas regiões urbanas, o cachorro é o principal reservatório da doença, já que também pode ser picado pelo inseto.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Segundo Marcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico Pet da MSD Saúde Animal, o combate ao mosquito transmissor, o uso de coleira antiparasitária e a vacinação nos animais de estimação são as principais medidas preventivas a serem adotadas. A dispersão territorial resultante da urbanização tem contribuído com o crescimento dos casos no país, daí a importância de incluir os animais domésticos nas estratégias de prevenção.

Leia mais:

Imagem de destaque
Doença silenciosa

30% dos gatos com mais de 15 anos apresentam quadro de doença renal crônica

Imagem de destaque
Só para eles

Arapongas inaugura “ParCão”, espaço para lazer de pets, nesta sexta

Imagem de destaque
Saiba mais

Macacos de Nicole Bahls deram início a investigação da PF contra traficantes de animais

Imagem de destaque
Cuidados essenciais

Pet operou? Saiba o que fazer na fase de recuperação


Transmissão - A transmissão da leishmaniose se dá após a picada do mosquito-palha infectado com o parasita. Esse mosquito se infecta após picar um cão infectado e passa a se tornar um transmissor da leishmania, transmitindo para outros cães saudáveis. O cão infectado pode apresentar sinais clínicos da doença ou se tornar um reservatório (não apresenta os sinais clínicos, mas está infectado).

Publicidade


Após a infecção, tanto o cão doente como o reservatório podem infectar outros mosquito-palhas, que vão disseminar a doença para outros cães e até mesmo para seres humanos. É importante destacar que o cachorro não transmite diretamente a doença para os humanos. "Em regiões onde a doença é endêmica, o aumento de casos tende a se dar muito rapidamente, pois tanto as pessoas como os animais podem demorar a apresentar sintomas e, consequentemente, serem diagnosticados”, afirma Marcio.


Sintomas no pet - Após o período de incubação do parasita, que pode variar de três a 18 meses, o animal contaminado começará a apresentar os sintomas mais comuns da doença, que são: falhas na pelagem, sangramento nasal, crescimento anormal das unhas, perda de peso repentina - mesmo sem a alteração de apetite -, anemia, vômitos e diarreia.

Publicidade


"O diagnóstico não deve ser baseado em um único exame e o médico veterinário é o único profissional habilitado a fazê-lo, bem como para indicar terapia e cuidados preventivos adequados”, afirma Marcio. Quando contaminado, o animal pode adoecer e vir a óbito se não diagnosticado e tratado a tempo.


Prevenção - Para o especialista, as medidas preventivas são essenciais e mais práticas que o tratamento, já que este exige um alto investimento financeiro e não traz a cura – apenas melhora os sintomas e diminui a carga parasitária.

Publicidade


Além disso, o Brasil é o país com maior número de casos de pessoas infectadas em toda a América Latina, sendo, por isso, essencial a prevenção para evitar a proliferação da doença.


"O recomendado é que, estando ou não em uma área endêmica, o cão seja protegido com a coleira antiparasitária, que costuma ser muito efetiva na proteção. A associação com a vacina contra Leishmaniose também é indicada”, afirma Marcio, que complementa: "a limpeza do ambiente e abrigo do animal é também essencial para manter o mosquito afastado”.

O mosquito transmissor da doença tem preferência por locais ricos em matéria orgânica, plantas e árvores. Para aqueles que moram em ambientes mais arborizados, recomenda-se o uso de telas finas ao redor do abrigo do cão, mantendo-o nesse local durante o período do entardecer à noite, período que os mosquitos costumam atacar mais.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade