Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Cuidado

Automedicação traz riscos à saúde

Juliana Santos - Folhapress
30 ago 2021 às 12:48
- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Uma caixa de remédios é item que não falta na maioria das casas dos brasileiros. No entanto, enquanto alguns profissionais acreditam que a automedicação seja importante, em casos menos graves, para aliviar a pressão sobre os serviços de saúde, ela também pode virar uma armadilha.


Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

"É um problema de saúde pública", diz Abrão Cury, clínico geral e líder da Clínica Médica do Hcor (Hospital do Coração). "Pessoas muitas vezes fazem uso inadequado de medicamentos não só em relação ao problema que elas têm, mas também à quantidade".

Leia mais:

Imagem de destaque
Cuidado

São Paulo registra primeira morte por febre amarela de 2024

Imagem de destaque
Mais de 22 semanas

Norma que restringe aborto legal volta a valer após liminar ser derrubada

Imagem de destaque
Saiba mais

Entenda o que é câncer inguinal, que causou a morte de Anderson, do Molejo

Imagem de destaque
PR recebeu 51.830

Regional de Saúde de Londrina deve receber quase nove mil novas doses da vacina contra a dengue


Ele explica que, além de provocar danos ainda mais graves à saúde, o uso não controlado de remédios pode também silenciar sintomas que estão alertando sobre problemas maiores.

Publicidade


Cury ainda cita o uso de antibióticos sem recomendação médica, "podendo causar uma piora do quadro infeccioso, se presente, e gerar resistência": "Esse é um dos motivos pelos quais temos um aumento progressivo da resistência a antibióticos".


O neurocirurgião Ygor Peçanha Alexim, do ICNE-SP (Instituto de Ciências Neurológicas de São Paulo), chama atenção aos medicamentos vendidos sem receita e, assim, mais acessíveis à população. "Os antiinflamatórios [como ibuprofeno e nimesulida] e corticosteróides [como prednisona e dexametasona] causam efeitos colaterais como insuficiência renal aguda, e úlcera gástrica", alerta.

Publicidade


A ivermectina, utilizada para tratar doenças causadas por vermes, pode levar a "uma hepatite medicamentosa fulminante", enquanto a cloroquina altera o funcionamento do coração.


A automedicação pode até agravar o problema que deveria resolver. "Uma das causas mais comuns de cefaleia crônica é o abuso de analgésicos. O diagnóstico ocorre quando o paciente tem dor de cabeça por ao menos 15 dias no mês, e usa analgésicos simples ou múltiplos por ao menos 10 dias".

Publicidade


Uso consciente 


"O paciente pode decidir pelo uso de medicamentos que ele já sabe que são adequados para o problema, e já tenham sido recomendados por médicos", orienta Abrão Cury, clínico geral e líder da Clínica Médica do Hcor.

Publicidade


Ele admite que, às vezes, escolher as combinações mais efetivas e seguras de remédios pode ser difícil até para profissionais da saúde.


E, mesmo com orientação, o paciente ainda pode extrapolar a dose. Páblius Staduto Braga é reumatologista e médico do esporte, e recorda um caso em que prescreveu a um paciente com osteoartrite o uso de um medicamento por cinco dias. No entanto, a pessoa continuou usando o remédio por conta própria, sem contactar o médico –dias depois, voltou ao hospital com dores abdominais e sangramento.

Publicidade


Existem ainda as medicações de uso controlado, como psicofármacos e opióides, que mesmo com exigência de receita médica podem ser abusados por quem os usa.


Apesar dos riscos existirem para todos, alguns grupos são mais frágeis aos efeitos da automedicação.

A dica, em todos os casos, é "sempre fazer contato com um médico quando a dúvida for medicamentos", segundo Braga. "Desta forma, sentirá mais segurança no momento de tomá-lo, e terá garantias maiores de estar utilizado o que for mais correto e seguro".

Publicidade

Últimas notícias

Publicidade