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Tabagismo

Cigarro é o maior vilão na causa do câncer de pulmão

Tayguara Ribeiro - Folhapress
06 fev 2020 às 09:51
- Reprodução/Pixabay
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O câncer de pulmão, doença enfrentada pela apresentadora Ana Maria Braga, 70, é o segundo tipo mais comum no Brasil, atrás do de pele, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).

É também o primeiro tipo no mundo. A estimativa mundial é que ocorram cerca de 1,8 milhão de casos novos, todos os anos. E o grande causador é o tabagismo.

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Gilberto de Castro Júnior, oncologista clínico, responsável pelo grupo de Tórax, Cabeça e Pescoço do Instituto do Câncer do Estado de SP, é enfático sobre a questão. "Por favor, parem de fumar. Sempre é tempo de parar, não importa a idade ou quantos anos fumou. O principal fator de risco é o tabagismo. Trinta mil pessoas são diagnosticadas com câncer de pulmão no Brasil, todos os anos."

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Segundo ele, muitas pessoas não sabem, mas o cigarro eletrônico também não é seguro. "Produz uma série de substâncias químicas que podem também provocar o câncer de pulmão", analisa o especialista.

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O oncologista explica que nos estágios iniciais a doença não apresenta sintomas, o que é um grande problema. "Quando a gente vai suspeitar, quando aparecem sintomas, é porque o tumor já está grande." Entre estes sintomas estão tosse com sangue, dor para respirar, falta de ar e perda de peso.


"A maioria dos pacientes são diagnosticados com metástase. Quando o tumor é pequeno, em fase inicial da doença, é possível operar. Quando é grande, optamos por tratamento com quimioterapia e radioterapia", afirma Gilberto de Castro. Ele conta que duas técnicas têm apresentado bons resultados. "As terapias alvos são remédios que agem especificamente nas células do tumor, fazendo que ela morra. E a imunoterapia tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico do paciente", diz.

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O dado mais recente do Inca mostra que 27.931 pessoas morreram por conta de um câncer no pulmão, somente no ano de 2017. Além do tabagismo, a exposição passiva ao tabaco, a exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, deficiência e excesso de vitamina A, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer.


Castro explica que hábitos saudáveis ajudam a prevenir o câncer, como alimentação equilibrada, pratica de exercícios físicos e cuidado com o excesso de álcool. Ele reforça que não fumar é a melhor maneira de evitar essa doença.

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"Claro que alguém que fumou por um longo período ainda corre risco de desenvolver câncer de pulmão, mesmo após parar de fumar. No entanto, interromper o tabagismo é melhor do que continuar. Dá uma chance, pelo menos, do corpo tentar se recuperar."


Rastreamento pode diminuir a mortalidade

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Descobrir o câncer de pulmão no estágio inicial aumenta as chances de cura. É também a fase na qual a doença costuma não apresentar sintomas. Por isso, realizar um rastreamento pode diminuir a mortalidade, diz Clarissa Mathias, presidente da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica).


"Infelizmente, os sintomas só aparecem de forma tardia", conta a especialista, que também reforça a importância de não fumar. "Cerca de 85% dos casos estão associados ao cigarro."

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o rastreamento é a aplicação de um teste ou exame numa população assintomática, aparentemente saudável, com objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer e encaminhá-la para investigação e tratamento.


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