Em tempos de doenças que são facilmente transtimidas pelo ar, as recorrentes costumam ser as que as pessoas prestam menos atenção. Uma delas e com alta incidência é a asma infantil – também conhecida popularmente como bronquite – que não tem cura e cuja frequência pode durar por toda a vida. A infância é o começo de um problema que é caracterizado pelo cansaço, pela sibilância (assobio agudo durante a respiração) e pela tosse nas crianças. Entretanto, é possível prevenir.
Conforme explica Lucciano Massuda, pneumologista pediátrico do Hospital IPO, a doença atinge 15% das crianças. "A asma infantil ocorre por uma inflamação da via respiratória e pela obstrução das mesmas”, explica. "No entanto, não se nasce com asma: ela se desenvolve durante a vida tendo origem, por exemplo, na genética familiar, contatos com alérgenos, possuir doença do refluxo gastroesofágico, rinite crônica, obesidade, poluição ambiental e até mesmo prematuridade”, afirma o especialista.
A asma não tratada em crianças podem ocasionar perda da função pulmonar quando adulto, com o desenvolvimento de uma DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Conforme explica o médico, não existe uma cura para a doença, então o que se pode fazer é controlar as crises.
Leia mais:
Consumir conteúdos com velocidade aumentada pode impactar na saúde mental; entenda
Clínica de Fisioterapia busca pacientes com lesões neurológicas e gestantes para atendimento gratuito em Londrina
Paraná promove mutirão para emissão da Carteirinha do Autista
'Por que o intestino é considerado o segundo cérebro?' é tema de live da Associação Médica de Londrina
"A base do tratamento da asma é com corticoide inalatório para o controle e o salbutamol para o tratamento das crises”, detalha o médico, que reforça o período de volta às aulas como um momento importante para o agravamento das crises.
"Um dos principais causadores de crises de asma são as infecções virais. Vemos muito isso em crianças assim que elas retornam das férias, iniciam os resfriados, as gripes e até algumas gastroenterites podem desencadear uma exacerbação da doença”, explica Massuda.
Além do tratamento, as crianças devem evitar o contato com alérgenos conhecidos (pó, mofo, pólen, animais). Uma sugestão para os pais é limpar a casa com pano úmido e evitar utilizar produtos com cheiro muito forte. Estar em dia com a vacinação, é claro, também é fundamental.
"Já foi comprovado por estudos que as crises de asma infantil costumam ter, sim, fundo alérgico”, avalia. "Portanto, neste período é preciso redobrar os cuidados e ficar atento, no caso dos pequenos que ainda não foram diagnosticados, a possíveis sinais de sintomas”, finaliza.