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Pressão alta em crianças: um mal silencioso

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
08 out 2019 às 08:15
- Reprodução/Pixabay
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A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma das doenças mais comuns nos dias de hoje. E não é só no Brasil. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), esta é a causa de 51% das mortes por AVC (Acidente Vascular Cerebral) e por 45% das mortes por problemas cardíacos em todo o mundo.

Além disso, a hipertensão arterial é responsável pelo desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares, como diabetes, obesidade, colesterol elevado e também doenças renais.

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Mas você sabia que crianças e adolescentes também podem ser afetados por este mal? Dados divulgados em 2013 pela SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) mostraram que a pressão alta atingia 6% da população infanto-juvenil, ou seja, cerca de 5 milhões de crianças e adolescentes. A maioria dos casos está relacionada à má alimentação, ao consumo de alimentos industrializados e fast foods.

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Segundo a nutricionista Mayara Olikszechen, da Fundação Pró Renal, para que as crianças tenham uma alimentação saudável, regrada e balanceada e evitem o consumo de alimentos prejudiciais à saúde, é necessário o incentivo dos pais.

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"Sempre procurar oferecer alimentos in natura, evitando hambúrgueres, batatas fritas, nuggets e sanduíches em geral que, além de conterem sódio em excesso, possuem glutamato monossódico, substância que confere maior sabor, mas que é excitatória do sistema nervoso central, podendo causar enxaquecas, câncer, hipertensão arterial sistêmica e outras doenças crônicas”, aconselha.


A ingestão de açúcares não é recomendada, principalmente até os dois anos de idade. "Depois disso, é importante evitar ter alimentos açucarados em casa e evitar oferecê-los a todo tempo quando estiver fora também. Inevitavelmente, a criança irá consumir na escola ou em festas de aniversário, por exemplo”, explica a nutricionista.

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O consumo eventual e moderado de açúcar não é o problema, e sim o consumo diário e em grandes quantidades. Os carboidratos simples, como doces e guloseimas em geral, também devem ser evitados. "O indicado é optar por carboidratos integrais, como arroz e pão, e incluir batata doce, inhame e outros carboidratos cheios de fibras na alimentação também é interessante”, indica a especialista.


O consumo de água e a prática de exercícios físicos também devem ser incentivados pelos pais ou responsáveis, pois são atitudes que ajudam a prevenir o desenvolvimento da hipertensão arterial, considerada pela OMS como um mal silencioso por não apresentar nenhum sinal até que as consequências sejam graves, como lesões no coração, cérebro, rins, entre outras.

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Se não tratada, a pressão alta pode causar problemas sérios à saúde das crianças e adolescentes, como o aparecimento de doenças renais. A nutricionista aconselha os pais a observarem se a criança apresenta inchaço nas pernas e nos pés, se tem mais sede e se a coloração da urina está mais escura. "São sinais de que algo não está indo bem com os rins. Nem todo indivíduo hipertenso terá a doença renal crônica. A hipertensão arterial sistêmica é fator de risco, por isso, mudanças na alimentação e estilo de vida podem prevenir a doença renal”, afirma.


Proteínas em excesso também são fatores de risco para o desenvolvimento de uma doença renal, mas em medidas certas não há problema, explica Mayara. "Não se restringe proteínas na infância e na adolescência para não afetar o crescimento e o desenvolvimento, a não ser que a criança ou o adolescente apresente a doença renal crônica, sendo avaliado individualmente”, explica. Crianças a adolescentes que tenham insuficiência renal ou doença renal crônica devem ser acompanhadas por um nefrologista que deve indicar o melhor tratamento.

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Obesidade — A obesidade é o principal fator relacionado ao desenvolvimento de hipertensão arterial. Dados da Federação Mundial da Obesidade, publicados em 2017 pela BBC, indicam que em 2025 o Brasil terá 150 mil crianças e jovens com diabetes tipo 2. Os dados são ainda mais alarmantes quando se trata da pressão arterial alta: 1 milhão é o número estipulado pela Federação.


Alimentos industrializados e fast foods são os responsáveis por tais números. Em relação aos dados apresentados, Mayara acredita ser possível desacelerar esse cenário. "Porém, o que se percebe como pontos negativos é a influência da mídia sobre a alimentação, além do acesso mais barato a produtos industrializados. Hoje em dia é mais barato comer um sanduíche no shopping do que um prato de comida de verdade”, declara. Crianças e adolescentes são mais vulneráveis à influência midiática, que utiliza, por exemplo, personagens, super-heróis e cultura pop para chamar a atenção sobre determinado produto.

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A nutricionista explica que os pais devem ser exemplo para seus filhos quando se fala em alimentação saudável. "A criança começa a formar personalidade e hábitos alimentares desde a primeira infância, com auge entre os cinco e os sete anos. Neste período, é necessário ter todo o cuidado com a alimentação”, garante. A criança come o que lhe é oferecido, explica a nutricionista, por isso "oferecer alimentos muito doces ou muito salgados vai fazer com que a criança sempre procure consumir produtos muito doces e muito salgados”.


Mayara também fala sobre outro ponto interessante. "Para evitar sobrepeso, obesidade e doenças crônicas na fase adulta, a mãe deve ter uma programação da gestação saudável e sempre que possível manter aleitamento materno exclusivo até o sexto mês”.

Sintomas — Sinais clínicos e físicos como aparecimento de inchaço, urina de coloração escura e/ou cheiro mais forte e febre podem ser sintomas de doença renal crônica ou de outras doenças. "Por isso, exames de sangue e de imagem devem ser realizados para confirmar diagnóstico após os sinais físicos”, aconselha a nutricionista.


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