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Cuidado!

Tabagismo passivo afeta os olhos das crianças

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
03 fev 2020 às 09:52
- Reprodução/Pixabay
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O tabagismo passivo é uma ameaça conhecida à saúde ocular entre os adultos. Muitos estudos vinculam a exposição à fumaça a um risco aumentado de doenças oculares que afetam as pessoas, mais tarde na vida, como catarata e DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), uma das principais causas de cegueira.

Entretanto, será que o fumo passivo representa uma ameaça à visão das crianças? Um novo estudo de Hong Kong sugere que sim. Os pesquisadores descobriram que crianças com menos de seis anos já mostravam sinais de lesões nos olhos decorrentes do tabagismo passivo.

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"Uma das partes mais vulneráveis ​​do olho à fumaça de cigarro é chamada coroide. A coroide é uma densa rede de vasos sanguíneos na parte posterior do olho. Ela é responsável por fornecer oxigênio e nutrição à retina e mantém a temperatura e o volume do olho. Estudos mostraram que fumantes e pessoas expostas ao fumo passivo têm uma coroide mais fina. O afinamento coroidal está relacionado ao desenvolvimento de DMRI com risco de perda de visão, entre outras condições”, afirma Virgílio Centurion, oftalmologista e diretor do IMO (Instituto de Moléstias Oculares).

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Para descobrir se as crianças expostas ao fumo passivo apresentavam danos semelhantes, pesquisadores de Hong Kong examinaram 1.400 crianças de seis a oito anos de idade. Eles mostraram que as crianças expostas ao fumo passivo apresentavam coroides significativamente mais finas em comparação com as crianças que não eram expostas à fumaça do cigarro. A diferença era de cerca de seis a oito mícrons.

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Os dados também mostraram que o afinamento coroidal em crianças aumentou com o número de membros da família que fumavam e com a quantidade de cigarros fumados por dia. Embora a implicação, a longo prazo, dessa influência na saúde ocular futura das crianças ainda esteja por ser determinada, este estudo mostra o papel potencial da exposição precoce ao fumo em doenças crônicas que ocorrem mais tarde na vida.


O tabagismo passivo - Ao longo dos anos, a taxa de tabagismo diminuiu nos Estados Unidos, mas continua a ser um risco para a saúde. Uma pesquisa de 2018, nos EUA, relatou que até 25,2% da população foi exposta ao tabagismo passivo e que 37,9% das crianças (de 3 a 11 anos) e adolescentes (de 12 a 19) foram expostas ao fumo.

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Segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), a fumaça que sai da ponta do cigarro e se difunde homogeneamente no ambiente contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o fumante inala.


A exposição involuntária à fumaça do tabaco pode acarretar desde reações alérgicas (rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma) em curto período, até infarto agudo do miocárdio, câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica) em adultos expostos por longos períodos.


Em crianças, a exposição aumenta o número de infecções respiratórias. Assim, o fumante deve ter conhecimento de que a fumaça do seu cigarro ou de outro produto derivado do tabaco pode causar doenças nas pessoas com quem convive em casa, no trabalho e em demais espaços coletivos e que não existe nível seguro de exposição à fumaça.

"O fumo passivo é uma séria preocupação para a saúde pública. Cerca de 40% das crianças são expostas ao fumo passivo, muitas vezes, a longo prazo, o que identificamos como fator de risco para problemas de visão futuros. As novas descobertas mostram a importância de pôr um fim ao tabagismo passivo em torno das crianças, em um esforço para preservar da visão e da saúde em geral”, defende Centurion.


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