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Pandemia

Braço da OMS adia de março para julho prazo final de entregas de 40 milhões de seringas ao Brasil

Vinicius Sassine - Folhapress
08 jan 2021 às 15:23
- Pixabay
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Braço da OMS (Organização Mundial de Saúde) nas Américas, a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) entregaria, até março, 40 milhões de seringas e agulhas ao Ministério da Saúde. A entrega começa neste mês, mas o prazo final foi estendido até julho.


Por ter deixado para a última hora, a pasta vem encontrando uma série de dificuldades para comprar os insumos. Iniciativas do ministério falharam na tentativa de aquisição de seringas e agulhas que garantam a vacinação contra a Covid-19. Um pregão no antepenúltimo dia de 2020 fracassou: de 331,2 milhões de itens, apenas 7,9 milhões (2,3%) foram assegurados.
Em meio ao fracasso, o ministério buscou a Opas para tentar a aquisição de mais 150 milhões de unidades, além dos 40 milhões previstos.

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"O Ministério da Saúde enviou ofício à Opas solicitando a cotação de mais 150 milhões de seringas. A Opas está verificando a disponibilidade com fornecedores", informou a instituição à reportagem. Não há garantia ou previsão de fornecimento desses insumos extras. As primeiras seringas e agulhas a serem entregues pela Opas ao ministério são de uma empresa chinesa. Oriundas do laboratório Jiangxin, serão fornecidas de forma "parcelada", entre janeiro e julho, segundo a Opas. São 20 milhões de itens.

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O braço da OMS disse não ser possível estimar a data exata da entrega dos produtos. "As datas sofrem alterações em tempos normais, devido a diversos fatores como transporte e capacidade de armazenamento. Durante uma pandemia, esses fatores se tornam um desafio ainda maior", afirmou, por meio da assessoria de imprensa.

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As estimativas de períodos para entrega de insumos são informadas "de modo a não criar sensação de insegurança nas populações", conforme a Opas. Já era esperado que o cronograma inicial de fornecimento de seringas e agulhas seria alterado, "com a entrega sendo possivelmente antecipada e parcelada", afirmou a instituição.


Os outros 20 milhões de itens serão fornecidos pela Nubenco, uma empresa com sede nos Estados Unidos. No caso dessas seringas, o parcelamento da entrega ocorrerá entre março e maio, segundo o atual cronograma da Opas. E esse cronograma pode sofrer alterações, conforme o braço da OMS.

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A cotação de preços e a compra são feitas por meio do Fundo Rotatório, um mecanismo da Opas que busca valores mais baixos, a partir de negociações de grandes quantidades. A cooperação entre países e entidades garante o atendimento a diferentes populações ao mesmo tempo.


A busca por seringas via Opas, inclusive numa tentativa de obter mais 150 milhões de itens, é um dos caminhos que o Ministério da Saúde vem buscando, diante da busca tardia pelos produtos, da disputa pelos insumos (inclusive internamente, especialmente com o governo de São Paulo, do tucano João Doria), do risco de escassez e do aumento de preços cobrados.
Após o fracasso do pregão, o Ministério da Saúde passou a argumentar que existem estoques em estados e municípios. E adotou medidas como pedir que se barrem exportações e que se derrubem impostos de importação. As duas medidas foram adotadas.

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A pasta, então, chegou a planejar novos pregões, quando houve uma manifestação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas redes sociais dizendo que as compras estavam suspensas, diante dos preços cobrados.
O ministério também adotou um instrumento pouco usual, o de requisições administrativas, com o argumento de que existe um "iminente perigo público", previsto na Constituição Federal para garantir a apropriação de bens privados, mediante pagamentos posteriores.


Com a medida, a pasta espera receber 30 milhões de itens até 30 de janeiro. Antes, no ofício aos três fabricantes no Brasil, o prazo estipulado era esta sexta-feira (8).


O ministério requisitou das indústrias o repasse de lotes previstos para governos estaduais que já selecionaram fornecedores e já compraram os produtos, conforme o jornal Folha de S.Paulo revelou na quarta (6). A pasta disse que caberia a ela, então, fazer o repasse dos insumos aos governos locais.

A última medida adotada pelo governo federal, na tentativa de garantir a compra de seringas e agulhas, foi derrubar a exigência de licitação para a compra de insumos. A MP (medida provisória) que prevê a dispensa, válida também para as vacinas, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite de quarta.


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