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Até terça-feira (31)

Brasil tem 42 novas mortes por coronavírus, e total de óbitos vai a 201

Natália Cancian, Daniel Carvalho e Bernardo Caram
01 abr 2020 às 08:55
- Reprodução/Pixabay
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O número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil subiu para 201 nesta terça-feira (31), segundo dados do Ministério da Saúde. O registro de 42 mortes em apenas um dia é o maior até agora.

Para comparação, até segunda-feira havia 159 mortes registradas - foram 23 novas confirmações em 24 horas.

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Ao todo, o Brasil soma 5.717 casos confirmados da doença. O número representa um salto de 25% com relação ao dia anterior, quando eram contabilizados 4.579 casos.

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem dito que há subnotificação, mas sem citar estimativas. Para ele, medidas de distanciamento social já ajudaram a evitar um aumento ainda maior.

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O estado de São Paulo tem o maior número de casos confirmados de Covid-19, com 2.239 registros. Na sequência aparecem Rio de Janeiro (708), Ceará (390) e Distrito Federal (332).


A região Sudeste, portanto, concentra 60% dos casos. O Nordeste tem 15%, o Sul, 12%, o Centro-oeste, 8%, e o Norte, 5% dos casos.

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Segundo o balanço, 18 estados já tiveram mortes pela Covid-19. O maior número ocorre em São Paulo, com 136 já confirmadas, seguido do Rio de Janeiro, com 23.


Mandetta chamou a atenção para o fato de que 79 das 136 mortes em São Paulo ocorreram no mesmo hospital, o Santa Maggiore, voltado ao atendimento de idosos. "É um ponto fora da curva", afirmou.

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Segundo ele, a situação ocorrida no hospital ajuda a explicar o número de mortes em São Paulo, sobretudo entre idosos.


"O que você não quer: aglomeração de idosos, todos doentes e imunodeprimidos. Um empresário, e isso aí serve muito para a ANS [agência que regula os planos de saúde], porque ela não deveria ter autorizado isso, ele iniciou a venda de um plano de saúde chamado de Prevent Senior. Ele achou na sua cabeça de empresário que idosos compram muito plano de saúde, e não diluiu o risco da carteira. E fez um serviço para atender só eles. Ele não contava com a entrada de um vírus de tropismo para esse paciente e provavelmente não tomou as barreiras que precisaria ter tomado antes da entrada do vírus", disse.

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De acordo com o ministro, a secretaria de saúde local estuda a possibilidade de uma intervenção.​ Ele evitou, porém, comentar medidas específicas.


A pasta também divulgou outros dados sobre mortes registradas no país. Levantamento em 181 dos 201 óbitos contabilizados mostra que 89% ocorreram em pessoas acima de 60 anos.

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Do total, 85% também tinham doenças associadas. As mais frequentes são doenças cardíacas e diabetes. Já 15%, por outro lado, não tinham doenças. Deste grupo, 18% tinham menos de 60 anos, informou o ministério.


Ainda de acordo com a pasta, já foram registradas 19 mil internações por síndrome respiratória aguda grave neste ano, das quais 1.075 foram confirmadas para o novo coronavírus. Nas últimas semanas, o aumento chega a 150% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Segundo Mandetta, a pasta elaborou um conjunto de "condicionantes" para verificar possíveis mudanças nas recomendações sobre circulação de pessoas. Entre elas, está o aumento da estrutura da rede de saúde e acesso a equipamentos de proteção por profissionais de saúde. A lista completa não foi informada.


Ele voltou, no entanto, a fazer um apelo para que medidas de restrição adotadas pelos estados sejam seguidas. "Mantenham, porque estamos nos preparando, e a luta é grande", diz.


Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro distorceu uma declaração do diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Ghebreyesus, para defender o retorno ao trabalho de trabalhadores informais.


A frase de Ghebreyesus foi: "Cada indivíduo é importante, cada indivíduo é afetado pelas nossas ações. Qualquer país pode ter trabalhadores que precisam trabalhar para ter o pão de cada dia. Isso precisa ser levado em conta".


Questionado, Mandetta disse ver na declaração da entidade um alerta sobre a necessidade de adotar medidas de assistência à população adaptadas a cada país e situação local.


"O que eu entendi é que há sim que se fazer considerações sobre a parte de dinâmica social, mas sem abrir mão em momento nenhum da ciência que tenha no seu espaço. Conhecemos a Rocinha, Paraisópolis, conhecemos nossos pontos fortes e frágeis. Se o Brasil não faz uma receita de bolo, imagina uma OMS fazer isso para o mundo. O que ela faz são considerações, e isso muito forçado pela situação da Índia e África", disse.


Mandetta diz que o ministério deve observar "aspectos científicos" para fazer novas recomendações no país. "Não vamos fazer medidas que sejam arriscadas para o nosso povo enquanto não tivermos condições de trabalho [na saúde]", emendou.


Em seguida, voltou a frisar a necessidade de manter o "máximo de distanciamento social".


De acordo com o ministro, o governo finalizou na segunda-feira (30) um contrato para aquisição de 300 milhões de equipamentos de proteção individual para serem usados pelos profissionais de saúde.

A pasta também deve anunciar nos próximos dias um sistema de inteligência artificial com ligações à população para monitoramento de possíveis casos de coronavírus.


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